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O governo Lula está negociando mais de R$ 2 bilhões com o centrão em meio a uma reforma ministerial, focando em emendas e projetos parlamentares.
O governo do presidente Lula está em negociações intensas com o centrão, buscando alocar mais de R$ 2 bilhões em emendas e novas cotas orçamentárias para projetos e obras de parlamentares.
Essa movimentação ocorre em meio a uma reforma ministerial que já viu o Ministério das Cidades perder cerca de R$ 600 milhões em favor de órgãos comandados pelo centrão, como a Codevasf e o Dnocs. A cúpula do Congresso continua pressionando por uma negociação mais ampla, o que levanta questões sobre a autonomia dos ministérios e a influência do centrão no governo.
Centrão ganha força em negociações com Lula para reforma ministerial
O governo do presidente Lula está em meio a uma série de negociações delicadas com o centrão, o bloco político que tem grande influência no Congresso Nacional. O objetivo dessas negociações é alocar mais de R$ 2 bilhões em recursos para emendas parlamentares e novas cotas orçamentárias destinadas a projetos e obras de parlamentares.
Essa movimentação financeira ocorre em um momento crítico, já que o governo está passando por uma reforma ministerial. Um dos exemplos mais notáveis dessa reforma é a redução de cerca de R$ 600 milhões no orçamento do Ministério das Cidades, com os recursos sendo redirecionados para órgãos sob o comando do centrão, como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).
A cúpula do Congresso, liderada pelos presidentes da Câmara e do Senado, continua a pressionar o governo por uma negociação mais ampla. Isso levanta preocupações sobre a autonomia dos ministérios e a crescente influência do centrão no governo Lula.
A negociação também tem implicações para o Ministério do Desenvolvimento Social e o Ministério da Defesa, com mudanças significativas nos orçamentos dessas pastas. O Ministério do Desenvolvimento Social poderá perder R$ 44 milhões, enquanto o Ministério da Defesa poderá ganhar R$ 80 milhões para o projeto Calha Norte.
Parece que nesse momento, o que mais ta valendo são as estratégias políticas que o dinheiro público pode proporcionar ao governo do que a formação de um plano ministerial técnico de qualidade.
Operação da Polícia Federal mira desvio de verbas e corrupção no Maranhão
Não bastassem os problemas de orçamento, Lula também terá que se ajustar com os problemas internos de seus próprios ministros, já que a Polícia Federal deflagrou hoje (1), a “Operação Benesse”, que tem como alvo o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho.
A ação ocorre principalmente no estado do Maranhão, que é o reduto eleitoral do ministro. Um dos alvos secundários da operação é Luanna Rezende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire (MA), que foi afastada do cargo.
Segundo informações da Polícia Federal, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que estaria envolvida em desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Além disso, os envolvidos são suspeitos de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.
A investigação teve início em 2021 e já passou por duas fases anteriores, denominadas “Operação Odoacro”. Esta terceira fase, chamada “Operação Benesse”, alcança o núcleo público da organização criminosa. A Polícia Federal também revelou que a operação envolve o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, indicando que ao menos um dos envolvidos possui foro privilegiado.
Em janeiro deste ano, veio a público que Juscelino Filho havia direcionado R$ 5 milhões de emendas parlamentares para asfaltar uma estrada que passa em frente à fazenda de sua família em Vitorino Freire. Este fato aumenta ainda mais a complexidade e a gravidade das acusações contra o ministro e sua família.
A operação também inclui medidas cautelares como o afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, além de ordens de indisponibilidade de bens. A investigação continua em andamento e mais detalhes deverão ser divulgados em breve.
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