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The Economist: Brasil está se tornando um centro de crimes financeiros

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O Brasil se destaca como foco de crimes financeiros, impulsionado pelo avanço em fintech. Ameaças cibernéticas e perdas econômicas são destaques.

O Brasil, reconhecido por sua rápida adoção de tecnologias financeiras, enfrenta um aumento significativo em crimes cibernéticos, especialmente em fraudes bancárias. Em 2017, a EY constatou que 40% dos brasileiros usavam regularmente serviços bancários online, um dos índices mais altos do mundo. Em 2020, 44% dos clientes possuíam contas exclusivamente digitais.

Com o lançamento do Pix pelo Banco Central, a plataforma de pagamentos instantâneos alcançou um sucesso estrondoso, registrando 3 bilhões de transações mensais. Esse cenário atraiu cibercriminosos, que utilizam principalmente trojans bancários para roubar informações de contas. O Brasil lidera em ataques por trojans bancários, com 1,8 milhão de infecções tentadas em um ano.

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Avanço Tecnológico e Vulnerabilidade: O Custo do Sucesso das Fintechs no Brasil

O Brasil, um dos líderes globais em adoção de tecnologia financeira, enfrenta um paradoxo: seu sucesso em fintech tem sido um chamariz para um aumento alarmante de crimes financeiros cibernéticos, aponta matéria do The Economist.

Em 2017, a EY, uma empresa de contabilidades, descobriu que dois quintos dos brasileiros já utilizavam serviços bancários online regularmente, um dos maiores índices no mundo. Em 2020, a Accenture revelou que 44% dos clientes brasileiros tinham contas exclusivamente digitais, um contraste marcante com menos de 20% nos Estados Unidos e Canadá.

Segundo o que apresenta o jornal, o Pix tornou-se um fenômeno nacional, com 3 bilhões de transações mensais, superando em cinco vezes as transações por cartões de débito e crédito. Entretanto, essa popularidade trouxe consigo uma onda de cibercrimes. O Brasil é o país mais atacado por trojans bancários, com 1,8 milhão de tentativas de infecção em um ano, segundo a Kaspersky Lab. Estes trojans são programas que roubam informações de contas dos usuários.

Com o fortalecimento das defesas bancárias, os criminosos diversificaram suas técnicas, incluindo malwares avançados em pontos de venda. O Prilex, por exemplo, é um software malicioso que interfere em pagamentos por aproximação, forçando o uso do cartão e do PIN, permitindo transações fraudulentas. Em 2016, durante o carnaval do Rio, um hacker usou uma versão básica deste software para controlar remotamente mais de 1.000 caixas eletrônicos.

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Outra ameaça crescente é o ransomware, utilizado por gangues para bloquear computadores e exigir resgate para desbloqueá-los. Em outubro do ano passado, legisladores brasileiros discutiram o aumento do uso de inteligência artificial em cibercrimes.

As perdas financeiras são substanciais. André Fleury, da Accenture, estima que o custo do cibercrime no Brasil seja de cerca de 20 bilhões de dólares por ano, equivalente a 0,9% do PIB. Em resposta, em 2022, uma rigorosa lei de proteção de dados entrou em vigor, e em 2023, os bancos brasileiros investiram 9 bilhões de dólares em cibersegurança, quase o dobro do valor de 2019.

Apesar desses esforços, o problema persiste, em grande parte devido à falta de conscientização dos consumidores sobre os riscos associados. Eduardo Mônaco, da ClearSale, uma empresa brasileira de gestão de fraudes, ressalta que enquanto os clientes não estiverem plenamente cientes dos perigos, os golpes continuarão a proliferar.

A situação no Brasil serve como um lembrete crucial de que o avanço tecnológico, especialmente no setor financeiro, deve ser acompanhado por uma conscientização e proteção robusta contra ameaças cibernéticas. A combinação de inovação tecnológica e segurança cibernética eficaz é essencial para salvaguardar a integridade financeira e a confiança dos consumidores no ecossistema digital.

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