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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, teve um início de ano de 2024 menos animador após uma expressiva alta de mais de 20% em 2023. No entanto, esse começo cambaleante, marcado por uma queda de mais de 3%, não diminuiu o otimismo de renomados especialistas do mercado financeiro. Jennie Li, da XP Investimentos, João Luiz Braga, da Encore, e Sara Delfim, da Dahlia, participantes de um painel no evento “Onde Investir”, compartilharam suas visões otimistas sobre o futuro do índice.
O principal fator de incerteza que impactou o mercado no início de 2024 foi a dúvida sobre a possibilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve já em março. No entanto, para esses especialistas, esse ponto não é motivo para grande preocupação. Jennie Li, da XP, destacou que o cenário atual é substancialmente diferente de 2023, com o foco principal agora sendo quando, e não se, os bancos centrais, especialmente o Federal Reserve, começarão a cortar juros.
Sara Delfim, da Dahlia, vê a reação negativa do mercado como um “pânico” sem muita base, considerando que o pior cenário, com a inflação norte-americana atingindo 10% e agora caminhando para menos de 3%, já passou. A economista acredita que o trabalho duro já foi feito com impacto limitado na economia. Essa visão é compartilhada por Li, que ressalta a forte alta de 2023 e a naturalidade de uma “ressaca” do mercado, além de dados econômicos conflitantes nos EUA.
Além das questões macroeconômicas, João Luiz Braga, da Encore, apontou que os investidores brasileiros, muitas vezes super expostos a questões locais, tendem a adotar uma postura mais pessimista. No entanto, ele argumenta que o Brasil ainda se destaca positivamente entre os mercados emergentes, oferecendo boas oportunidades de investimento.
Sara Delfim mencionou que a combinação de juros em queda nos Estados Unidos e a aceleração econômica da China são fatores que enfraquecem o dólar e favorecem os mercados emergentes, incluindo o Brasil. Jennie Li reforçou essa perspectiva, enfatizando o contínuo interesse estrangeiro na Bolsa brasileira e a expectativa de que esse fluxo se mantenha em 2024.
Uma questão relevante levantada por Li é a atitude dos investidores domésticos, que, apesar de mostrarem interesse em renda variável, permanecem cautelosos após perdas nos últimos anos. A estrategista da XP acredita que o início do ciclo de corte de juros nos EUA pode impulsionar mais investidores locais para ativos de risco, melhorando o desempenho do Ibovespa.
Outra perspectiva interessante trazida pelos especialistas é a seleção de setores para investir. Enquanto alguns setores, como educação e construção, já experimentaram altas consideráveis, outros, como o varejo, ainda apresentam potencial de valorização. Sara Delfim da Dahlia destacou que não é necessário tomar muito risco neste momento, com empresas grandes e conhecidas ainda oferecendo oportunidades de crescimento.
João Luiz Braga, da Encore, compartilha dessa visão, com a gestora acompanhando os ciclos do mercado e focando em large caps, que ainda trazem oportunidades significativas sem estar “saturados”.
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