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Volume de captações por meio de equity crowndfunding cai 40,2% em 2022

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Segundo dados levantados pela plataforma Efund, no ano passado as rodadas movimentaram R$ 80,2 milhões a menos do que em 2021

O volume de captações por meio de equity Crowdfunding em 2022 apresentou redução de R$ 80,2 milhões, equivalente a 40,2%, em relação ao montante registrado no ano anterior, de acordo com dados levantados pela Efund, plataforma especializada em unir startups a investidores. O esfriamento do número de rodadas pode ser explicado pela crise econômica, interna e externa, e o ambiente eleitoral conturbado. Cenário este que levou os investidores a agirem com mais cautela quando o assunto é a alocação de risco.

A pesquisa da Efund, com base em informações disponibilizadas pelas empresas do segmento cadastradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mostra que em 2021 foram captados R$ 199,5 milhões. Em 2022 o montante caiu para R$ 119,3 milhões. Segundo Igor Romeiro, fundador e CEO da Efund, a redução já era esperada pelo mercado devido ao cenário complicado do ano passado e a expectativa de continuidade das dificuldades em 2023.

“É natural que o investidor fuja de riscos em momentos difíceis. Temos de considerar que os problemas internacionais com a cadeia de suprimentos ainda não foram totalmente resolvidos, há uma guerra em andamento, inflação alta no mundo e, no Brasil especificamente, o índice de inadimplência é alto,além do que o período eleitoral foi tenso e polarizado, fatores que levam os investidores a serem cautelosos”, comenta Igor Romeiro.

Segundo dados da Serasa Experian, divulgados no dia 8 de fevereiro, 5,7 milhões de micro e pequenas empresas — faixa a que pertencem as novas startups — estavam inadimplentes em dezembro de 2022, aumento de 7% em comparação com o mesmo período de 2021. A estimativa é que o cenário de inadimplência das empresas ainda perdure, em conformidade com o índice de negativação dos consumidores que já chega em 69,4 milhões de pessoas.

“É uma reação em cadeia. O cenário econômico adverso gera desemprego e inflação. A renda das pessoas fica menor e elas consomem menos. O consumo menor afeta o faturamento e a rentabilidade das empresas e, claro, os investidores não se interessam em colocar dinheiro em algo que pode render muito pouco ou nem ao menos render”.

A diminuição do número de rodadas de captação e do montante envolvido também pode ser explicado pela menor quantidade de abertura de startups. Segundo a plataforma Distrito, em 2022 foram fundadas 176 novas startups, bem menos do que as 631 registradas em 2021. O pico ocorreu em 2017 com o surgimento de 1781 empreendimentos. Em 2018 foram 1717, em 2019, 1444, e em 2020, 1077. “Menos empresas novas, menos oportunidades de rodadas”.

Captações

Considerando os diferentes meios de captação utilizados pelo Venture Capital, as fintechs ainda lideram em número e valor de rodadas. Ainda com base em informações da Distrito, houve 148 rodadas envolvendo fintechs, totalizando US$ 1,74 bilhão, 39,19% do volume total. Em segundo lugar está o segmento das retailtechs, com US$ 519 milhões em 54 rodadas, e em terceiro o das energytechs, com US$ 290,8 em 21 operações.

A primeira posição bate com a projeção feita pela Efund no início de 2022, que previa a manutenção das fintechs na liderança das captações. Na segunda colocação das startups que mais atrairiam investidores, a Efund apostava nas healtechs. De fato, em quantidade de operações essas startups ficaram na segunda posição, com 82 rodadas.

“O levantamento em questão envolve o venture capital como um todo, enquanto nossa perspectiva teve como base apenas o equity crowndfunding. Mesmo assim, o recorte seguiu na mesma direção da expectativa geral”.

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