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O pregão desta quarta-feira mal começou e já está sendo marcado por um feito histórico: pela primeira vez em duas décadas, o dólar e o euro chegaram a uma paridade de preços.
O euro sofreu uma queda rápida e brutal este ano e agora cruzou um importante limiar. O declínio de 12% no ano é resultado de múltiplas pressões, desde a guerra na Ucrânia até uma crise de energia e o risco crescente de que a Rússia corte as exportações de gás e leve a zona do euro à recessão.
Adicione os Bancos Centrais na equação, que estão movendo-se em velocidades diferentes e um dólar em demanda, e alguns analistas dizem que a paridade pode não ser o ponto final, mas apenas um trampolim para mais fraqueza.
A moeda chegou à mínima de US$ 0,9998, em uma cotação muito próxima a de 1/1, uma paridade perfeita. Isto é, logo após o CPI feio dos EUA que apontam uma inflação maior e um ciclo de juros mais agressivo, que impulsiona as apostas em aumentos das taxas do Fed.
Além da dupla ameaça de inflação e recessão, o BCE também está lidando com o risco de os custos de empréstimos soberanos divergirem demais, já que inverte o curso do estímulo. Depois que os rendimentos italianos dispararam no mês passado, a instituição começou a trabalhar em uma ferramenta para evitar a erupção de outra crise da dívida na região.
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