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O conflito entre a Rússia e Ucrânia está gerando uma série de sanções para o país russo, e o mais recente foi um baque e tanto para os conceitos de mundo globalizado. Afinal, a maior rede de fast-food do planeta afirmou que irá vender todos os seus negócios no território e encerrar suas operações no território.
Assim, o McDonald’s confirma o movimento das multinacionais que “pularam fora” do país com o anúncio da guerra. A companhia já havia iniciado o movimento ainda em março, com o fechamento de 850 unidades na Rússia, mas o ponto-final já foi dado pelos cargos executivos da rede americana.
A gigante do fast food apontou para a crise humanitária causada pela guerra, dizendo que manter seus negócios na Rússia “não é mais sustentável, nem é consistente com os valores do McDonald’s”.
A rede de fast food empregava 62 mil funcionários na Rússia, país onde estava presente há mais de 30 anos. O primeiro McDonald’s no país foi aberto logo após a queda do Muro de Berlim e foi um símbolo poderoso do alívio das tensões da guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, que entraria em colapso em 1991.
O McDonald’s espera um impacto financeiro entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão ao deixar a Rússia.
A Rússia, onde o McDonald’s administra diretamente mais de 80% de seus restaurantes que levam seu nome, representa 9% do faturamento total da empresa e 3% de seu lucro operacional.
O CEO Chris Kempczinski disse que a “dedicação e lealdade ao McDonald’s” dos funcionários e centenas de fornecedores russos tornaram difícil a decisão de sair. “No entanto, temos um compromisso com nossa comunidade global e devemos permanecer firmes em nossos valores”, afirmou.
A rede disse que continua pagando os salários integrais de seus funcionários no país. A empresa disse que busca um comprador russo para contratar esses trabalhadores, mas não deu informações sobre potenciais compradores.
A saída da companhia, além da perda empírica, representa um grande rombo na economia russa.
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