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Aspectos regulatórios, econômicos e de mercado, aos acionistas, operacionais, financeiros e de caixa são os principais fatores de risco divulgados por empresas brasileiras de capital aberto. Foram citados, respectivamente, por 95%; 94%; 92%; 91% e 89% das 279 companhias que compõem a sétima edição do estudo “Gerenciamento de riscos”, elaborado pelo ACI Institute e o Board Leadership Center Brasil, ambas iniciativas da KPMG. Além disso, fatores de concorrência (88%), jurídicos (88%), execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos (87%), de Tecnologia da Informação (79%), atuação do acionista controlador (77%), Covid-19, pandemias e saúde pública (72%) também estão entre as principais preocupações. Essa análise foi feita com base nos Formulários de Referência divulgados pelas empresas até 31 de maio de 2021, com 7.032 riscos reportados, sendo 25 considerados principais pelo levantamento.
“Os 25 fatores mais citados coincidiram com os apontados na edição anterior do estudo. A ordem dos dez mais mencionados manteve-se praticamente inalterada. Contudo, houve um aumento expressivo de menções a riscos relativos à governança inefetiva nas organizações, que saltaram de 49% em 2021 para 63% em 2022. Outros riscos que apresentaram crescimento significativo foram os de condutas ilícitas, de recursos humanos e os tributários”, observa Fernanda Allegretti, sócia-diretora do ACI Institute, do Board Leadership Center Brasil e de Markets da KPMG no Brasil.
O material destacou ainda os seguintes riscos: socioambientais (71%); recursos humanos (71%); insuficiência do valor e/ou cobertura dos seguros contratados (71%); tributários (71%); inadimplência (65%); condições econômicas e de mercado internacionais (65%); mudança nas políticas governamentais sobre o setor (64%); governança inefetiva (63%); riscos associados aos gestores (59%); dependência de fornecedores (59%); condutas ilícitas (58%); questões com subsidiárias, controladas ou investidas (57%); marca e reputação da companhia ou do setor (57%); e variação no preço e/ou de disponibilidade dos insumos (54%).
“Os riscos não devem ser enxergados apenas com o objetivo de mitigação, de eliminação, mas com o propósito de otimização sob uma lente riscos versus oportunidades. Por exemplo, vemos um aumento da preocupação com riscos derivados dos aspectos do ESG, de capital humano, da disrupção tecnológica e da inovação, ao mesmo tempo em que as oportunidades e o empreendedorismo nesses temas se desenvolvem rapidamente. Ou seja, vem crescendo a preocupação em transformar o gerenciamento de riscos em vantagem competitiva” afirma Sidney Ito, CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center do Brasil e sócio em Riscos e Governança Corporativa da KPMG no Brasil.
O estudo traz também a análise dos fatores de risco segmenta por setores. As 70 empresas de Consumo Cíclico, por exemplo, reportaram 1.776 fatores de riscos. O mais citado refere-se à concorrência (96%). Depois aparecem as condições econômicas e de mercado nacionais e os riscos relacionados aos acionistas, ambos com 94%. No setor de Utilidade Pública, 40 companhias mencionaram 1.075 riscos, sendo que todas (100%) citaram fatores jurídicos. Questões regulatórias também se destacaram (98%). No setor Financeiro, 49 empresas reportaram 956 riscos, sendo os regulatórios os mais citados (96%). Nos 10 fatores mais recorrentes, os riscos de governança inefetiva cresceram de 64% para 73%, passando a compor o top 10 desta edição.
O setor de Bens Industriais, com 33 empresas, apontou 788 riscos, sendo os mais citados os aspectos econômicos e de mercado (100%) e regulatórios (97%). Na área de Tecnologia da Informação, 16 empresas indicaram 552 riscos. Dentre os dez mais citados estão os riscos associados à marca e à reputação da companhia ou do setor. Em Consumo Não Cíclico, foram analisadas 20 empresas, com 527 riscos, sendo os relacionados às condições econômicas e de mercado os mais citados (100%), seguidos daqueles referentes aos acionistas (95%), operacionais (95%), concorrência (90%) e financeiros e de caixa (90%).
No setor Saúde, 18 empresas apresentaram 521 riscos. Em 2021, 80% das companhias mencionaram fatores de risco relacionados a Covid-19, pandemias e saúde pública. Em 2022, houve aumento de 14 pontos percentuais nesse quesito. Os fatores de risco ligados à Tecnologia da Informação e recursos humanos apareceram em 100% dos formulários de referência, com crescimento de sete pontos percentuais em relação ao último estudo. Materiais Básicos tiveram 478 riscos, reportados por 20 empresas. Os mais citados foram os financeiros e de caixa e os operacionais (90%).
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Dez empresas do setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis apontaram 284 riscos. Somente os financeiros e de caixa apareceram nos formulários de referência de 100% das companhias. Em Mídia e Telecomunicações, três empresas relataram 75 riscos. Os dez mais presentes (100%) foram mencionados nos formulários de todas: recursos humanos, jurídicos, governança inefetiva, falta de inovação e/ou obsolescência tecnológica, execução da estratégia de negócios e/ou plano de investimentos, mudanças nas políticas governamentais, tecnologia da informação, questões operacionais, fatores financeiros e de caixa, e aspectos regulatórios.
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