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Indústria de dispositivos médicos enfrenta aumento dos custos setoriais e dificuldades de abastecimento

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Em estudo setorial, a Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED) constatou que 100% das empresas de dispositivos médicos ouvidas têm identificado algum aumento nos custos setoriais (de logística, câmbio, inflação local e externa, além de outros fatores), considerando o cenário de 2021 e o período de janeiro a setembro de 2022. Custos acima de 20% para 11% delas; entre 15% e 20% para 33%; e entre 10% e 15% para 52%.

Além disso, 81% disseram encontrar dificuldade de abastecimento em função de escassez de insumos/produtos ou restrições logísticas. Os fatores mais relevantes apontados foram: disponibilidade do item (indicado por 70%); aumento dos preços (59%); questões logísticas (59%); aquecimento da demanda mundial (22%); e Guerra da Ucrânia (22%);

“Mesmo levando tais questões em consideração, a expectativa da maioria das empresas, em termos reais, para 2022 é de crescimento do faturamento”, destaca Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da ABIMED. Um aumento entre 1% e 5% para 22% delas; entre 5% e 10% para 41%; e acima de 10% para 26%.

A expectativa também é de crescimento do faturamento para a maior parte das empresas em relação ao terceiro trimestre do ano passado: entre 1% e 5% para 26%; entre 5 e 10% para 30%; e acima de 10% para 33%.

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Já em relação aos investimentos, o estudo constatou que 67% das empresas aumentaram os investimentos no terceiro trimestre deste ano — 26% mantiveram os investimentos e 11% reduziram. Apesar do número positivo, trata-se de uma queda nas boas expectativas do segundo trimestre, quando 88% das empresas aumentaram seus investimentos.

Silveira Filho lembra que uma preocupação fundamental da indústria é a questão da segurança jurídica, que deve ser considerada pelo novo governo federalp.

“Quando falamos de indústria nos referimos sempre ao compromisso de médio e longo prazo de investimentos que possam ocorrer e que carecem necessariamente dessa segurança jurídica, que se manifesta já no ano que vem, provavelmente com a discussão sobre a reforma tributária — uma questão muito cara e fundamental para o setor de saúde, principalmente o industrial.”


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Diego Marques

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