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Vale (VALE3) dispara na Bolsa com Alta de Quase 5%

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  • Vale (VALE3) registra aumento de quase 5% no valor das ações, impulsionando o Ibovespa (IBOV).
  • Valorização é impulsionada pelos ganhos no preço do minério, com aumento de 3,19% em Dalian.
  • Produção crescente de metal pelas siderúrgicas chinesas alimenta a demanda por minério.
  • Vale anuncia divulgação da produção do primeiro trimestre de 2024 em 16 de abril.
  • Expectativas positivas dos investidores contribuem para o aumento do valor das ações.

A Vale (VALE3) está registrando uma forte valorização no pregão desta segunda-feira, impulsionando o Ibovespa (IBOV) com um aumento de quase 5% no valor de suas ações. Esse crescimento substancial se manteve ao longo do dia, contribuindo significativamente para um aumento no volume financeiro do Ibovespa. A ascensão dos papéis da Vale está fortemente correlacionada com os ganhos observados no preço do minério, com o principal contrato da commodity subindo 3,19% em Dalian, atingindo seu melhor valor em duas semanas, a US$ 109,41 a tonelada.

Um fator determinante para esse aumento é o aumento na produção de metal pelas siderúrgicas na China, conforme indicado por dados prévios ao feriado de Ching Ming. Essa tendência sugere uma perspectiva otimista para a demanda de minério, o que é favorável para empresas do setor como a Vale. De acordo com a consultoria Mysteel, a produção média diária de aço aumentou 1% em relação à pesquisa anterior, atingindo 2,24 milhões de toneladas. Esse aumento na produção de aço serve como um indicador promissor para a demanda futura de minério de ferro.

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Além disso, a Vale anunciou que irá divulgar sua produção referente ao primeiro trimestre de 2024 no próximo dia 16, após o fechamento do mercado. O balanço do mesmo período será publicado no dia 24. Esses eventos provavelmente estão gerando expectativas positivas entre os investidores, contribuindo para o aumento do valor das ações da empresa.

Contexto

Na semana passada, a sucessão ganhou contornos políticos desde que o governo federal, representado pelo Presidente da República, tentou, em maio de 2023, lançar o nome de Guido Mantega à presidência da Vale. Isso gerou uma forte reação de acionistas e investidores da mineradora, levando à retirada da indicação em fevereiro. A pressão do governo tinha como base a participação societária (8,7%) da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, na mineradora.

O contrato de Bartolomeo à frente da Vale, que vence em 31 de maio, foi prorrogado até o final do ano. Isso ocorreu após uma divergência no conselho em relação à renovação por mais três anos. Essa decisão provocou a renúncia de um dos conselheiros, José Luciano Duarte Penido, que alegou interferência política e interesses de acionistas de referência da empresa em uma carta de renúncia.

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Os principais acionistas da Vale, desde 2020 uma corporation, são a trading japonesa Mitsui, Previ, Bradespar (holding ligada ao Bradesco), o fundo americano BlackRock e o grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto.

Procurado para comentar sobre o processo em curso na companhia, conduzido pelo conselho administrativo, o Ministério de Minas e Energia informou, por meio da assessoria, que não participa do processo e que o ministro Alexandre Silveira já declarou publicamente que não há interferência do governo na escolha do novo CEO.

A Vale, por sua vez, afirmou, por meio de sua assessoria, que não comenta o assunto da troca na presidência e reforçou que a sucessão de Bartolomeo está a cargo do conselho de administração da companhia.

Novos negócios

Também na semana passada, a companhia divulgou comunicado ao mercado no qual informa que está em “discussões avançadas” com o Ministério dos Transportes sobre as condições gerais para “a otimização dos planos de investimentos dos Contratos de Concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM)”.

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empresa acrescentou que atualmente executa regularmente os investimentos nas duas ferrovias nos termos estabelecidos e divulgados ao mercado em 16 de dezembro de 2020.

Nos últimos meses o governo federal vem, por meio do Ministério dos Transportes, fazendo pressão a respeito da concessão das ferrovias. Em janeiro circularam notícias sobre uma notificação do ministério à Vale cobrando R$ 25,7 bilhões adicionais pela outorga das duas ferrovias.

No governo de Jair Bolsonaro houve uma renovação antecipada das concessões das ferrovias da mineradora, cujos valores foram aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).


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