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- Fernando Haddad e Eduardo Leite irão se reunir nesta segunda (13), para discutir a suspensão de dívida do RS
- A reunião será realizada, possivelmente, por videoconferência, como anunciado
- A suspensão da dívida do RS já está em pauta, mas havia dúvidas quanto à sua duração
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, irão discutir a possível suspensão da dívida do estado com a União nesta segunda-feira (13). Conforme anunciou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, a reunião ocorrerá por videoconferência, devido ao agravamento das chuvas no Estado.
Haddad tem se dedicado ao tema desde a semana passada. Assim, buscando encontrar uma solução viável.
A suspensão da dívida do RS já está em pauta, mas havia dúvidas quanto à sua duração. Se seria até o final deste ano ou por um período de três anos. Isto, representaria um alívio financeiro de R$ 10,5 bilhões.
Haddad já expressou sua concordância com a medida, porém enfatizou a importância de discutir a estrutura da negociação para evitar complicações legais futuras. “Declarou que não se opõe ao mérito da medida, mas é necessário debater o formato da negociação, para não haver problemas jurídicos depois”.
Ele também sugeriu manter a possibilidade de prorrogar a moratória, caso necessário.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (10), Leite argumentou a favor da suspensão dos pagamentos da dívida estadual com a União por dois anos, seguidos de uma retomada gradual, devido aos estragos causados pelas chuvas, que resultaram em danos materiais significativos e pelo menos 143 mortes.
O governador do Rio Grande do Sul, defendeu a suspensão “por um longo período”, assista.
Ampliação do debate
A medida, contudo, segundo Leite daria “fôlego financeiro” para planejar os investimentos à longo prazo na reconstrução do estado. Isto, após calamidade e as destruições de infraestruturas, residências, empresas e vidas, causada pelas últimas catástrofes.
Parlamentares da bancada mineira, propuseram ampliar o debate para garantir que outros estados, incluindo Minas Gerais, que estão em processo de negociação de suas dívidas com a União, também possam obter condições especiais no futuro.
Até o momento, as chuvas no estado impactaram quase dois milhões de pessoas de alguma maneira, afetando 445 municípios, o que corresponde a quase 90% de todo o território do Rio Grande do Sul.
Estado de Calamidade no RS afeta empresas na bolsa: veja quais
Dexco (DXCO3) – A Dexco S.A. comunica a suspensão temporária das atividades de suas operações de painéis e florestais na unidade de Taquari (RS). Desde 04 de maio de 2024, devido a chuvas intensas no estado. Embora nenhum ativo industrial ou florestal tenha sido afetado, a situação das estradas impactou o abastecimento de insumos e o transporte de produtos.
A Dexco, dessa forma, monitora a situação no estado e apoia a comunidade de Taquari (RS) e seus colaboradores, garantindo medidas de segurança adequadas.
Iguatemi (IGTI11) – A Iguatemi S.A, uma das maiores empresas full service no setor de shopping centers, comunica aos acionistas e ao mercado em geral que, devido a uma das maiores catástrofes climáticas registradas no Rio Grande do Sul, os três empreendimentos da Companhia na região operam em regimes excepcionais.
Multiplan (MULT3) – Conforme exigido pelo artigo 12 da Resolução da CVM nº 44, a Multiplan comunica aos seus acionistas que as fortes chuvas recentes na região não afetaram diretamente suas propriedades no estado do Rio Grande do Sul.
A Companhia prevê redução temporária no fluxo de visitantes nos shoppings ParkShopping Canoas e BarraShoppingSul, e suspensão das obras do Golden Lake. Os shoppings permanecem abertos e funcionando como ponto de apoio à população, além de servirem como locais de coleta de doações.
Recrusul (RCSL4) – A Recrusul S/A, holding industrial de implementos de transporte, refrigeração e tratores, informa que suas instalações em Sapucaia do Sul, RS, não foram afetadas pelas enchentes.
Devido ao estado de calamidade pública em várias regiões do Estado, algumas atividades operacionais podem sofrer prejuízos e não apresentar regularidades nos próximos dias. O escoamento de matérias-primas e o acesso às instalações da Recrusul em Sapucaia do Sul dependem da redução do acúmulo de água nas vias.
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