Guia do Investidor
Shein 1
Notícias

Shein, Shopee e Aliexpress são acusadas de “colocarem saúde do consumidor em risco”

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

De acordo com a perícia promovida pelo IDV, as plataformas têm permitido o cadastro de revendedores (“sellers”) de modo nada criterioso.

Shein, Shopee e Aliexpress, estão sendo alvos de muitas acusações. As varejistas chinesas estão comercializando produtos de venda restrita ou proibida no Brasil.

Formol puro 37% (cuja venda ao público é proibida desde 2009), kit para escova progressiva com formol, clareadores dentais (que dependem de receita médica para serem vendidos) e álcool 92,8º (uso restrito em ambiente hospitalar), estão sendo livremente disponibilizados em diversos marketplaces, em especial a Shopee, Shein e AliExpress.

De acordo com informações, também é possível encontrar em ambas varejistas oferta de produtos cuja eficácia não foi comprovada não foram regulamentados pela Anvisa. São exemplos: a garrafada para engravidar, o remédio anti-alcoolismo, o spray para parar de fumar, o remédio para câncer de bexiga, entre outros.

A perícia técnica encomendada pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) ao IBP/IBPTech (Instituto Brasileiro de Peritos) estão sendo feitas nas plataformas Shopee, Shein e AliExpress. O objetivo é averiguar o quanto as asiáticas estão oferecendo produtos em conformidade com a legislação brasileira.

“Quando foi implantado o Remessa Conforme, no ano passado, a gente esperava que a Receita Federal tivesse um maior controle sobre a entrada dessas mercadorias, que já apresentavam uma série de irregularidades -produtos pirateados, sem certificação, em remessas fracionadas, para burlar imposto. Mas nada disso aconteceu e decidimos documentar o descumprimento das leis brasileiras,” disse Jorge Gonçalves, presidente do IDV.

Na perícia promovida pelo IDV, foi informado que as plataformas estão permitido o cadastro de revendedores (“sellers”) de modo nada criterioso, dando origem a um verdadeiro camelódromo virtual, com a venda de produtos que “prejudicam a vida, a saúde, a segurança e o patrimônio dos consumidores”, além de veicularem propagandas abusivas, enganosas e de oferecerem produtos falsificados.

Leia mais  Amazon Brasil investe no portfólio de produtos

A perícia apontou ainda a venda de produtos piratas, como óculos Ray-Ban por R$ 41 e tênis Nike por R$ 56, ambos muito abaixo do preço dos itens originais. Adereços com suástica, distintivos da Polícia Federal e da Polícia Civil também são oferecidos, o que é proibido por lei.

As varejistas foram procuradas para reportagem e responderam em nota que procuram orientar os sellers sobre a venda de produtos legalizados e, sempre que encontram algum desvio ou recebem uma denúncia, alertam o revendedor, podendo até retirá-lo da plataforma.

Sobre a denúncia contra as varejistas

As denúncias foram encaminhadas no final de abril à PGR (Procuradoria Geral da República), com quem o IDV espera uma audiência. O instituto tomou a iniciativa de levar o problema até Brasília depois de acionar o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) no final de 2023, para que o órgão encaminhasse a perícia às agências reguladoras e ao Inmetro. Como não houve retorno, recorreram à PGR.

Leia mais  Renner x Shein: Se não houver tributação para as chinesas, a concorrência é desleal?

Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Magalu e Aliexpress? Magazine Luiza passa a vender produtos do AliExpress com promoções exclusivas

Paola Rocha Schwartz

Imposto das “Blusinhas” nos EUA? Entenda possível taxação

Paola Rocha Schwartz

Alta de preço de streamings impacta bolso do consumidor

Guia do Investidor

MGLU3: Ação da Magalu dispara 12% após parceria com Aliexpress

Márcia Alves

Remessa de conforme: confira as empresas certificadas

Rodrigo Mahbub Santana

Magazine Luiza anuncia parceria inédita com o Aliexpress

Guia do Investidor

Deixe seu comentário