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- Magda Chambriard tomou posse como presidente da Petrobras em 19 de junho.
- Ela enfatizou o compromisso de promover uma gestão transparente e focada em resultados.
- A administração está alinhada com a visão do presidente Lula e do governo federal.
- Chambriard já indicou três novos diretores executivos, incluindo mulheres para cargos-chave.
- O evento de posse contou com a presença de ministros e apoio institucional à transição de liderança.
- A nova presidente defendeu a exploração de petróleo na margem equatorial brasileira e investimentos em fontes renováveis de energia.
Magda Chambriard tomou posse como presidente da Petrobras em uma cerimônia realizada no auditório do Cenpes, centro de pesquisa da empresa localizado na Ilha do Fundão,no Rio, ontem (19). Em seu discurso inaugural, Chambriard enfatizou o compromisso de promover uma gestão que não apenas impulsione a Petrobras, peça fundamental para o PIB nacional, mas também mantenha um forte vínculo com a sociedade brasileira.
A nova presidente destacou que sua administração está alinhada com a visão do presidente Lula e do governo federal, reconhecendo-os como principais acionistas da estatal. Ela sublinhou o objetivo de governar com transparência e foco em resultados tangíveis, enfatizando que o planejamento estratégico da Petrobras visa não apenas a criação de empregos, mas também a realização concreta de metas pré-estabelecidas.
Chambriard, ex-funcionária de carreira da Petrobras, expressou orgulho ao ser escolhida por Lula para liderar a estatal, reforçando o compromisso mútuo de evitar instabilidades dentro da empresa. Desde sua posse, ela já implementou mudanças significativas ao indicar três novos diretores executivos, incluindo mulheres para cargos-chave como finanças, exploração e engenharia, alcançando a maior representação feminina na história da diretoria executiva da Petrobras, com quatro mulheres entre os nove membros.
O evento de posse foi marcado pela presença política destacada, com ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Rui Costa (Casa Civil), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Margareth Menezes (Cultura), além do secretário geral da Presidência, Márcio Macedo. Técnicos, diretores da estatal e membros da FUP também estiveram presentes, evidenciando o suporte institucional e político à transição de liderança na Petrobras.
Bastidores
A cerimônia de posse de Magda Chambriard como presidente da Petrobras foi marcada por um intenso simbolismo, conforme relatado pela jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo. Realizada no suntuoso centro de pesquisas da empresa, a cerimônia contou com a presença de sete ministros e discursos que enfatizaram o controle do governo sobre a petroleira.
Magda Chambriard é uma funcionária de carreira da Petrobras e foi indicada inicialmente por petistas influentes, incluindo João Vaccari Neto, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e ex-tesoureiro de campanha de Dilma Rousseff. Vaccari, envolvido na Operação Lava-Jato, teve sua pena anulada pelo STF em 2023, o que contribuiu para sua influência e gratidão de Lula.
Apesar da resistência inicial de Lula à indicação de Magda, ela conseguiu construir uma ampla base de apoio que incluiu desde sindicatos até políticos da base aliada. A posse de Magda foi vista como uma tentativa de Lula de moldar a Petrobras conforme sua visão política, criticando a Lava-Jato e defendendo a reversão de privatizações e a retomada de projetos estratégicos abandonados.
Magda Chambriard iniciou sua gestão com nomeações estratégicas que refletem seu apoio político, incluindo figuras ligadas a Vaccari e Rui Costa. A presença de Deyvid Bacelar, presidente da Federação Única dos Petroleiros, e seus discursos durante a posse evidenciam a influência sindical na nova administração da Petrobras.
Lula destacou a importância estratégica da Petrobras para o país, vinculando o sucesso da empresa ao sucesso do Brasil. As promessas feitas durante a posse indicam uma agenda de retorno a políticas e práticas anteriores à Lava-Jato, com um foco renovado em projetos de gás natural, exploração de petróleo em alto-mar na região Amazônica, e críticas à governança corporativa implementada após os escândalos de corrupção.
Portanto, a gestão de Magda Chambriard na Petrobras é vista como um movimento para realinhar a empresa com prioridades políticas específicas, embora seu sucesso e as consequências dessa abordagem só possam ser avaliados com o tempo.
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