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O cenário em torno da Petrobras (PETR3; PETR4) tem sido de grande agitação, com uma série de desenvolvimentos notáveis. Desde o anúncio da instalação de 11 novas plataformas no pré-sal até 2027, o encerramento de processos de desinvestimento em quatro polos e a possibilidade de recompra da Refinaria de Mataripe (anteriormente Rlam) na Bahia, a empresa tem estado em destaque. Além disso, as ações da Petrobras apresentaram um desempenho notável, com um aumento de +64,25% no acumulado do ano até 5 de setembro. No entanto, a questão que paira agora é se ainda há espaço para crescimento ou se é hora de colher os lucros.
Índice de conteúdo
Gestão Pragmática e Preços de Combustíveis
O novo comando da Petrobras demonstrou ser mais pragmático em relação à gestão da empresa. A decisão de aumentar os preços dos combustíveis há duas semanas é vista como um sinal positivo em relação ao compromisso da estatal com a política de preços. Embora as preocupações sobre interferências políticas tenham diminuído, o risco ainda precisa ser monitorado, dado o histórico de interferências governamentais na Petrobras.
Uma questão relevante é a persistente defasagem dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras em relação às cotações internacionais. Apesar dos reajustes, os preços ainda estão abaixo das cotações globais. Esse descompasso é evidente quando comparamos o preço da gasolina no Brasil com os preços internacionais.
A Petrobras anunciou a instalação de 11 novas plataformas no pré-sal até 2027. Isso é positivo, pois aumentará a produção da empresa em mais de 300 mil barris por dia, elevando-a de 2,06 milhões para 2,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). No entanto, esse crescimento de +17% na produção até 2027 pode ser considerado baixo quando comparado à capacidade de crescimento de outras empresas do setor.
Recompra de Refinaria
A decisão de recomprar a Refinaria de Mataripe (ex-Rlam) na Bahia, embora anunciada recentemente, parece afastar-se do core business da Petrobras, que é a exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas. Isso levanta questões sobre a estratégia da empresa e sua visibilidade em relação aos resultados futuros.
Dividendos:
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A Petrobras é conhecida por ser uma sólida geradora de caixa com uma política robusta de pagamento de dividendos. No entanto, após mudanças na política de dividendos e na estratégia de investimentos, os dividendos que foram vistos nos últimos trimestres podem não se repetir. A expectativa é de que o Dividend Yield diminua de 25% para 13% no próximo ano.
Vale a pena?
Dentro do setor, a preferência dos analistas da Nord research recai sobre as petroleiras juniores, como Prio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e PetroReconcavo (RECV3). Essas empresas não enfrentam o risco de intervenção do governo e oferecem uma boa visibilidade de crescimento por meio da expansão da produção.
Em resumo, a Petrobras enfrenta desafios e oportunidades em um mercado em constante evolução. O novo comando da empresa busca ser mais pragmático, mas questões como a defasagem dos preços dos combustíveis e a estratégia de diversificação podem impactar seu desempenho futuro. Enquanto isso, empresas do setor de petróleo menores ganham destaque, oferecendo alternativas aos investidores em busca de crescimento.
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