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À medida que 2024 inicia, o setor de agronegócios mostra-se promissor para os investidores. Em levantamento dos relatórios de algumas das principais casas de recomendações revelam as principais ações para o mês de janeiro, destacando-se dois frigoríficos, duas empresas de papel e celulose e três empresas de sucroenergia. Pelo consenso de indicações, as ações da JBS (JBSS3) e da Cosan (CSAN3) são as mais recomendadas pelos analistas para o primeiro mês do ano.
A JBS aparece como uma favorita entre os analistas. Segundo Pedro Fonseca, da XP Investimentos, a expectativa é de que a empresa apresente uma melhora sequencial nos resultados, especialmente no quarto trimestre de 2023, além de um 2024 mais promissor. Apesar da recomendação de compra para a JBS, Fonseca destaca uma potencial volatilidade, principalmente relacionada ao ciclo do gado nos EUA, que pode impactar negativamente a empresa.
Luis Novaes, da Terra Investimentos, aponta que a JBS enfrentou pressões nos últimos trimestres, especialmente em sua operação na América do Norte, devido à baixa oferta de bovinos e a uma demanda fraca da China, que afetou os preços da carne no mercado internacional.
Cosan: Beneficiada por Cortes de Juros
A Cosan também surge como uma escolha atraente, com a Empiricus Research recomendando a ação CSAN3 em sua carteira mensal “10 ideias”. Larissa Quaresma, analista da Empiricus, observa que a empresa deve se beneficiar dos cortes de juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Além disso, ela ressalta a sólida trajetória da Cosan na execução e alocação de capital, bem como seu papel no desenvolvimento da infraestrutura brasileira.
Outras empresas também se estacam no setor agro que aparecem nas carteiras recomendadas. Entre as 16 companhias do agronegócio listadas na B3, sete receberam ao menos uma recomendação de compra para o mês. A seguir, um resumo das indicações:
- JBS (JBSS3): 5 indicações
- Cosan (CSAN3): 5 indicações
- Suzano (SUZB3): 3 indicações
- Minerva (BEEF3): 2 indicações
- Klabin (KLBN11): 1 indicação
- São Martinho (SMTO3): 1 indicação
- Raízen (RAIZ4): 1 indicação
A melhor ação de saúde
À medida que 2024 avança, o setor de saúde brasileiro apresenta um cenário promissor, especialmente no que diz respeito à melhoria das margens e geração de fluxo de caixa. Bancos estrangeiros como o Goldman Sachs e o Morgan Stanley manifestam otimismo, prevendo uma expansão significativa dos ganhos do setor, em recuperação após a pandemia.
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As equipes de análise desses bancos revisaram suas coberturas para o setor, destacando algumas empresas como suas principais escolhas. Tanto o Goldman Sachs quanto o Morgan Stanley selecionaram a Hapvida (HAPV3) entre suas “top picks”, com o Goldman também favorecendo a Oncoclínicas (ONCO3) e o Morgan destacando a Rede D’Or (RDOR3).
O Goldman Sachs considera a Hapvida como tendo uma das relações de “risco-recompensa mais convincentes do setor”, com um preço sobre lucro ajustado promissor para os anos de 2024 e 2025. Apesar de desafios como a concorrência no Sudeste e o impacto da lei dos salários de enfermagem nas margens, a visão é focada nos fundamentos de longo prazo.
O Morgan Stanley compartilha dessa visão otimista em relação à Hapvida, observando um potencial significativo de alta para a empresa. A análise baseia-se tanto no fluxo de caixa descontado (DCF) quanto na avaliação dos índices PEG, antecipando uma expansão expressiva dos ganhos até 2027. A Rede D’Or também é vista com potencial, mas a Hapvida se destaca pelo seu alinhamento estratégico e ambiente favorável.
O Itaú BBA, analisando a Rede D’Or, mantém uma visão neutra, ajustando seu preço-alvo para R$ 34,00. O banco aponta vários fatores que fundamentam sua cautela, incluindo desafios financeiros contínuos dos planos de saúde e uma possível reação à aquisição da Sulamérica.
No que diz respeito a outras empresas do setor, o Morgan Stanley classifica várias ações como overweight (exposição acima da média), incluindo Hapvida, Dasa (DASA3) e outras. Houve também ajustes na cobertura de Fleury (FLRY3) e Odontoprev (ODPV3), com alterações nos preços-alvo.
Por outro lado, o Goldman Sachs destaca a Rede D’Or e a Mater Dei (MATD3) no segmento de provedores, com potenciais de beneficiarem-se de preços mais altos na América do Sul. Entre os planos de saúde, Hapvida se sobressai como “top pick”, enquanto a Qualicorp (QUAL3) e a Odontoprev são classificadas como venda.
No segmento farmacêutico, a Hypera (HYPE3) é destacada pelo Goldman Sachs como uma compra atrativa, com um preço-alvo promissor.
Em termos de performance de mercado, a Hapvida registrou alta, enquanto outras empresas do setor, como Oncoclínicas, Fleury e Rede D’OR, apresentaram variações negativas.
Essas análises e recomendações dos bancos estrangeiros refletem uma visão otimista para o setor de saúde brasileiro em 2024, focando em empresas com potencial de melhoria nas margens e na geração de fluxo de caixa, mesmo diante de desafios e incertezas do mercado.
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