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Alta de 24% da Magalu vai “arrastar” ações do varejo pra cima?

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As ações da Magazine Luiza, Casas Bahia e Americanas lideraram as altas no mercado brasileiro, refletindo a expectativa de inflação controlada nos EUA. No entanto, analistas alertam sobre desafios futuros devido ao custo do crédito.

No pregão desta quinta-feira (16), o mercado brasileiro testemunhou um notável desempenho das ações das varejistas Magazine Luiza, Casas Bahia e Americanas. As ações da MGLU3 subiram impressionantes 20,46%, atingindo R$ 2,12, enquanto as da BHIA3 registraram um aumento de 9,62%, chegando a R$ 0,57. Fora do Ibovespa, a Americanas (AMER3) também viu suas ações avançarem 7,50%, alcançando R$ 0,86.

Analistas de mercado atribuíram esse movimento em bloco do setor de varejo à precificação de uma inflação mais controlada nos Estados Unidos. Os dados mais recentes indicam que, de maneira geral, os preços não aumentaram entre setembro e outubro nos EUA. Isso gerou expectativas de que o Brasil poderá continuar reduzindo a taxa Selic no mesmo ritmo de antes, ou seja, em incrementos de 0,50 ponto percentual.

João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, destacou que essa desaceleração nos EUA remove uma restrição anterior que limitava a capacidade do Banco Central do Brasil de reduzir os juros. Ele explicou: “Campos Neto perde uma algema, que era: ‘não posso continuar diminuindo juros no Brasil, porque os juros nos EUA ainda não vão diminuir tão cedo'”.

Nesse contexto, empresas sensíveis às taxas de juros, como Magazine Luiza, Casas Bahia e Americanas, se beneficiaram. Entre elas, a Magazine Luiza, com o maior volume de venda bruta, foi a que mais se destacou. No entanto, os analistas alertam que, apesar do otimismo atual, o setor ainda enfrenta desafios significativos.

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Paola Melo, analista da GTI Administração de Recursos, observou que esse movimento também reflete um apetite renovado por risco no mercado. Ela explicou: “Quando o mercado quer comprar risco, ele olha os nomes que mais caíram. Magazine Luiza é, sem dúvida, uma empresa que caiu bastante”.

Apesar do impulso positivo observado hoje, as perspectivas para a Magazine Luiza, Casas Bahia e Americanas ainda são desafiadoras, segundo os analistas. Isso se deve em grande parte à necessidade de crédito no setor, que ainda é caro.

João Lucas Tonello prevê que as três varejistas provavelmente não conseguirão reverter suas situações negativas no próximo ano: “As três devem continuar com resultados negativos em 2024. Para 2025, cogita-se um cenário mais positivo”.

Paola Melo compartilha da cautela, observando que o setor depende de um momento de renda real mais favorável para uma recuperação substancial: “Enquanto não começar a observar um momento de renda real, esse setor de bens discricionários alavancado a crédito demora a reagir”.

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Melo também aponta para a preferência por setores “menos discricionários”, como supermercados e farmácias, que têm maior poder de repasse de preços e não dependem tanto do crédito para operar.

Em resumo, o desempenho recente das ações da Magazine Luiza, Casas Bahia e Americanas no mercado brasileiro reflete a expectativa de inflação controlada nos EUA e a possibilidade de uma política monetária mais flexível no Brasil. No entanto, os analistas alertam que os desafios relacionados ao custo do crédito e à recuperação da renda real podem continuar a afetar essas empresas no curto prazo, apesar das perspectivas de longo prazo mais otimistas. Investidores e analistas estarão atentos aos desenvolvimentos futuros para avaliar a trajetória dessas varejistas no mercado.

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