Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Apressar votação da Reforma Tributária é um cheque em branco para o poder executivo, afirma especialista

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

A votação da proposta da reforma tributária deve ocorrer até o final desta semana, é o que afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta segunda-feira (3/7). A decisão foi tomada no último domingo (2/7), durante reunião com congressistas, que também definiram como prioridade o projeto do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e o novo marco fiscal. O especialista tributário e CEO da Tax All Consultoria Tributária, Eduardo Araújo, vê com preocupação a pressa para votar o texto.

“É preocupante, pois estamos falando de reformar boa parte do sistema tributário. O Brasil precisa de uma reforma tributária, mas é importante debater o tema. Não trazer os textos complementares da proposta para apressar essa votação é um cheque em branco para o poder executivo deliberar sobre matérias tributárias”, afirma o especialista.

Além do texto da reforma, estão em pauta a aprovação das alterações do projeto do arcabouço fiscal e do projeto de Lei que trata do retorno do Voto de qualidade dos julgamentos do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais). Segundo Eduardo Araújo, os três pontos em discussão têm impactos tributários negativos para a população e podem representar aumento de arrecadação.

“Com a retomada do Voto de qualidade, que foi extinguido em 2020, o Congresso favorece à Fazenda o poder de desempate nos julgamentos do Carf. Essa é uma medida para acelerar a aprovação da reforma. Tudo está vinculado ao arcabouço fiscal, que não representa uma proposta concreta de redução de gastos do poder público, por políticas de governança. Na realidade, ele trava os gastos com um percentual da arrecadação, logo, quanto mais se arrecada, mais está liberado para gastar” explica o diretor da Tax All.

Leia mais  Setor de serviços avança 2,3% em 2023, revela o IBGE

O especialista explica que as alterações nas regras fiscais têm gerado preocupações para algumas atividades econômicas, já que a medida pode afetar a competitividade das empresas, por meio da alta nas taxas tributárias. Segundo Eduardo, é preciso que o governo promova um debate maior com estes setores e dê mais transparência às informações sobre possíveis mudanças na tributação.

“Falta o governo apresentar os dados de estudos e assumir um compromisso com esses dados, rebatendo esses estudos e demonstrando com informações o que diz o portal da Reforma de que não haverá aumento da carga tributária. Porque, levar o Imposto Sobre Serviços (ISS) para um regime não cumulativo diferente do que é hoje, ou também levar empresas hoje que são do regime lucro presumido para pagamento de PIS/COFINS para um regime não cumulativo sem estudos e dados técnicos, deixa este contribuinte às escuras”, destacou.

Para Eduardo, um dos desafios para tornar a reforma tributária mais eficiente é proporcionar um diálogo maior com a população e com as entidades representativas dos setores do comércio, serviços, indústrias, agronegócios, entre outros, por meio de audiências públicas. Além disso, é preciso mostrar os pontos negativos e positivos para a sociedade

Uma das principais mudanças proporcionadas pela reforma é a unificação de impostos e a simplificação do sistema tributário. Com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), os diversos impostos indiretos que incidiam sobre as empresas de serviços foram consolidados em um único tributo. Para o governo, essa unificação tem como objetivo simplificar o pagamento de impostos, reduzir a burocracia, aumentar a transparência no sistema fiscal e a formalização das empresas.

Leia mais  Governo argentino corta tarifas para impulsionar indústria automotiva

Imagine-se navegando em alto mar sem uma bússola. Cada onda representa uma decisão financeira, e sem orientação, é fácil se perder nas correntezas do mercado. É aí que entra a consultoria financeira. Como um farol na escuridão, ela oferece direção clara e segura para alcançar suas metas.

É por isso que o Guia do Investidor orgulhosamente lançou o GDI Finance, com a missão de ser o mapa para o seu sucesso financeiro, mas também para navegar junto ao seu lado. Com anos de experiência, nossos consultores são como capitães experientes, guiando-o pelas águas turbulentas da economia.

Desde a navegação para a aposentadoria tranquila até a jornada para aquisição de bens, o GDI Finance foi criado para simplificar sua trajetória. Com estratégias personalizadas e insights precisos, transformamos desafios em oportunidades e sonhos em realidade.

É hora de aprender a navegar tranquilo por águas turbulentas, alcançaremos horizontes que você nunca imaginou possíveis. Conheça a nossa consultoria financeira hoje mesmo.

Atualmente, temos mais de 443 mil normas tributárias publicadas e, a cada dia, são mais de 46 entendimentos ou alterações, seja na esfera estadual, municipal ou federal. Segundo Eduardo Araújo, é impossível, hoje, que uma empresa nacional esteja 100% atualizada de todas as matérias tributárias.

“Hoje, o Brasil tem um passivo tributário em discussão, seja no CARF ou na justiça, que passa de 3 trilhões de reais; isso demonstra que se estamos discutindo em matérias tributárias quase ⅓ do PIB do Brasil, algo está errado. A grande quantidade de normas, a falta de segurança jurídica, é um dos pontos de maior problema”, finaliza.

TRIBUTAÇÃO DE DIVIDENDOS – O Congresso Nacional ainda tramita três Projetos de Lei (PL) que normatizam a “Tributação de Dividendos”, tema bastante comentado quando se fala em reforma tributária. Um dos projetos prevê a tributação de 15% sobre os valores de dividendos pagos a pessoas físicas ou jurídicas. O segundo reduz para 10% o referido tributo, não alcançando as empresas optantes pelo regime Simples Nacional.

Leia mais  Indicador Antecedente de Emprego da FGV sobe 1 ponto

Já o terceiro, exclui a dedução do IR e CSLL dos valores pagos a título de Juros Sobre Capital próprio. Ele determina, também, a tributação dos dividendos na alíquota do IRPF de 20%. Para dividendos pagos por empresas do regime Simples Nacional, prevê-se uma faixa de isenção de R$20 mil por contribuinte, em contrapartida cria-se o benefício de redução da alíquota do IRPJ de 15% para 10% para empresas do Lucro Presumido e Lucro Real.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Orçamento Secreto Lula 2024: R$ 14 bilhões em quatro meses

Guia do Investidor

Irani reporta lucro líquido de  R$ 40,6 milhões no 1T24

Márcia Alves

Santander reporta lucro de R$ 3,0 bilhões no 1T24

Márcia Alves

Planos de saúde terão aumento pela terceira vez consecutiva

Fernando Américo

PMEs registram crescimento de 11,5% no primeiro trimestre

Fernando Américo

Dívida Pública sobe 0,65% em março e ultrapassa R$ 6,6 tri

Agência Brasil

Deixe seu comentário