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BC mantém taxa Selic e país segue em primeiro lugar no ranking de juros mais altos do mundo

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O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, em decisão mais dura do que o esperado, mesmo com pressão dos setores econômicos e do governo federal para a diminuição. A taxa mantém o Brasil no topo do ranking global de juros reais, acima de México, Colômbia, Chile e Filipinas, segundo levantamento da MoneYou e da Infinity Asset Management. 

Segundo o último boletim Focus, as projeções apontam para uma Selic de 12,25% até o fim de 2023. Embora a inflação esteja em queda, o BC não sinalizou o início da queda de juros em agosto, como esperado pela maior parte do mercado financeiro.

De acordo com o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, “há um consenso entre os especialistas, desde as últimas reuniões do Copom, de que há sim uma possibilidade para a redução das taxas de juros. O BC tem sido mais conservador nesse ponto, obviamente há uma visão técnica que tem que ser respeitada, mas há também uma dificuldade de crescimento econômico do país”.

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A alta dos juros foi um dos principais fatores para a desaceleração da atividade econômica de 2022. No último trimestre do ano passado, o PIB diminuiu 0,2% na comparação com o trimestre anterior. Como esse nível foi mantido nos primeiros meses de 2023, a Selic continua restringindo a atividade econômica e as expectativas do Boletim Focus do BC, que indicam alta do PIB de apenas 1% em relação ao ano passado.

“Além da desaceleração da atividade econômica, as taxas pesam no bolso do consumidor quando se trata de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Elas encarecem o crédito para empresas e pessoas físicas, dificultam novos investimentos e também o poder de compra de casa ou carro, além de afetar as dívidas do cartão de crédito”, pontua Lamounier. 

Atualmente, as taxas de juros dos cartões de crédito chegam a mais de 400% ao ano e uma dívida de R$ 1.000,00 contraída em janeiro, pode chegar a R$ 5.000,00 em dezembro. Já no cheque especial, as taxas de juros totalizam mais de 100% ao ano e uma dívida de R$ 1.000,00 do início do ano, pode fechar em R$ 2.300,00 no final do ano.

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