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Braço direito de Warren Buffett, Charlie Munger morre aos 99 anos

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O mundo financeiro está de luto com a triste notícia do falecimento de Charles Thomas Munger, conhecido como Charlie Munger, aos 99 anos, sócio de Warren Buffett na Berkshire Hathaway. O anúncio oficial foi feito pela empresa na tarde desta terça-feira (28), deixando um vazio no coração do mundo dos investimentos.

Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, não poupou palavras para homenagear seu amigo e parceiro de longa data. Ele afirmou que a Berkshire Hathaway não teria alcançado seu atual status sem a inspiração, sabedoria e participação de Charlie Munger. Munger e Buffett compartilharam uma amizade que se estendeu por mais de seis décadas e que se transformou em uma das parcerias mais icônicas do mundo dos negócios.

Munger não era apenas um nome conhecido no mundo financeiro; ele era um dos principais pensadores e estrategistas do mercado de investimentos, deixando uma marca indelével em gerações de investidores. Sua fortuna pessoal foi estimada em cerca de US$ 2,3 bilhões em 2021, refletindo sua habilidade excepcional no mundo dos investimentos.

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A trajetória de Charlie Munger é notável. Inicialmente formado como advogado, ele desempenhou um papel crucial ao lado de Warren Buffett na criação de uma filosofia de investimento voltada para empresas de longo prazo. Sob sua liderança, a Berkshire Hathaway registrou um ganho médio anual de 20,1% entre 1965 e 2021, quase o dobro do ritmo do índice S&P 500. Essa impressionante série de retornos compostos transformou Munger e Buffett em bilionários e heróis populares entre investidores em todo o mundo.

Munger também era vice-presidente da Berkshire Hathaway e um dos maiores acionistas da empresa, com ações avaliadas em cerca de US$ 2,1 bilhões em 2022 e um patrimônio líquido geral de cerca de US$ 2,5 bilhões no início de 2023. Sua presença nas reuniões anuais da Berkshire era notável, onde ele frequentemente desempenhava o papel de crítico dos excessos corporativos.

Warren Buffett elogiou Munger por ser um parceiro que sempre questionava suas decisões, um contraponto valioso em um mundo empresarial onde muitos líderes são cercados por aduladores relutantes em desafiar suas opiniões. Munger e Buffett desfrutaram de uma relação de trabalho única, baseada na honestidade e no compromisso com o sucesso a longo prazo.

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Munger não apenas compartilhou sua visão sobre investimentos, mas também ampliou a abordagem de Buffett, incentivando-o a adquirir empresas verdadeiramente excepcionais com marcas fortes e poder de precificação. Um exemplo notável foi a aquisição da confeitaria californiana See’s Candies Inc. em 1972, que inspirou o investimento de US$ 1 bilhão da Berkshire Hathaway em ações da Coca-Cola.

No entanto, Munger também era conhecido por frear o entusiasmo de Buffett em certos momentos. Em uma reunião da Berkshire em 2002, quando Buffett ponderou a possibilidade de adquirir uma empresa de TV a cabo, Munger expressou suas dúvidas sobre a disponibilidade a um preço aceitável, levando a uma troca de opiniões entre os dois.

O legado de Charlie Munger vai muito além das cifras em sua conta bancária. Ele deixa para trás uma riqueza de conhecimento, uma visão única sobre investimentos e uma parceria que transcendeu o mundo dos negócios. Seu falecimento marca o fim de uma era, mas suas ideias e influência continuarão a moldar o mundo dos investimentos por muitas gerações futuras. O mercado financeiro perdeu um verdadeiro gênio, mas seu impacto duradouro será lembrado para sempre.

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