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A Caixa Econômica Federal apresentou previsão de oferta inicial de ações (IPO) de seu banco digital Caixa Tem, considerando dupla listagem no Brasil e exterior.
A previsão foi feita por Pedro Guimarães, presidente da Caixa, após o presidente Jair Bolsonaro ter assinado projeto transformando em permanentes as contas digitais até então criadas apenas para o pagamento do auxílio emergencial.
“Temos enormes vantagens comparativas em relação aos bancos digitais no mercado e quero aproveitar isso com uma listagem em 2021. Recebi convites para listar fora do Brasil e acho também possível fazer uma dupla listagem.”
Pedro Guimarães, presidente da Caixa para a Agência Reuters.
Dados do Caixa Tem
De acordo com Pedro Guimarães, cerca de 35 milhões a 40 milhões de pessoas devem ser clientes permanentes do banco digital. Nesse sentido, já estão incluídos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, do Bolsa Família e ainda empresas que recebam recursos do Pronampe.
Além disso, as contas também possuem integração ao sistema de pagamentos PIX que poderão permitir contratação de produtos de microcrédito e microsseguro.
Ao mesmo tempo, o executivo também destaca que o negócio ajuda na redução de custos de atendimentos para as famílias de baixa renda.
“Temos a vantagem de ter 25 mil pontos de venda, que são as lotéricas, para dar apoio a uma população desbancarizada, o que nenhum outro banco digital tem no país”
Pedro Guimarães, presidente da Caixa.
Ao mesmo tempo que o executivo planeja capitalizar o Caixa Tem, ele irá aproveitar a oportunidade para vender uma parcela por meio do IPO.
Ainda assim, a operação depende da aprovação prévia do Banco Central.
Perspectivas futuras e fila de IPOs
Em relação ao futuro, o executivo projeta crescimento acelerado de usuários enquanto faz ampliação da base de pequenas empresas que receberam empréstimo do Pronampe . Dessa maneira, considerando os negócios com até 10 empregados, a expectativa é de aumento dos 200 mil para 500 mil clientes nos próximos anos.
Por fim, o banco digital da Caixa se une a uma fila de negócios com planejamento de IPO para 2021, começando pela Caixa Seguridade que cancelou listagem esse ano. Em seguida, está sendo considerada a oferta de IPO do negócio de loterias, que precisa de permissão do governo que é dono do monopólio. E em conclusão também se considera a subsidiária de cartões ELO e a gestora de recursos da Caixa para fazer IPO, por exemplo.
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