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Cenário no Mar Vermelho encarece seguro marítimo

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Região é uma importante rota por onde circulam entre 12% e 15% do comércio mundial. Canal do Panamá, responsável por 6% do comércio global e que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, sofreu com grave seca em 2023 e também é ponto de atenção para as seguradoras de frete marítimo, segundo análises da Guy Carpenter

Uma grave seca que começou em 2023 forçou as autoridades panamenhas a reduzirem as travessias de navios no Canal do Panamá, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. O Canal do Panamá é responsável por 6% do comércio global e conecta os oceanos Atlântico e Pacífico.

Devido às crescentes preocupações com o aumento dos riscos marítimos no Mar Vermelho, as seguradoras reforçaram as suas políticas de subscrição, de acordo com recente relatório da corretora de resseguros Guy Carpenter.

O sindicato das principais seguradoras, resseguradoras e subscritores de Londres, o Joint War Committee (JWC), expandiu recentemente a “zona de alto risco” nesta rota marítima, pressionando as seguradoras a cobrarem prêmios mais elevados para sustentar índices de sinistros positivos.

Como resultado deste movimento, os prêmios de risco para o Mar Vermelho teriam sido de 0,07% nominais em outubro de 2023, antes do início do conflito na região. Este número saltou para quase 0,5% a 0,7% no final de dezembro de 2023. Para os armadores israelenses, principais alvos na rota marítima, o aumento foi ainda maior.

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O relatório da Guy Carpenter ressalta que as novas rotas em torno do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, acrescentam 10 a 15 dias à viagem total, aumentando ainda mais os custos do seguro. Estes prêmios de risco adicionais somam-se ao impacto que a inflação global teve no mercado de seguros no ano passado. Isto já tinha aumentado os prêmios de seguro de casco e carga em 8% em 2022, em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da União Internacional de Seguros Marítimos (IUMI), analisados pela resseguradora.

No Canal do Panamá, reduções dos níveis da água pode custar até 700 milhões

Uma grave seca que começou em 2023 forçou as autoridades panamenhas a reduzirem as travessias de navios no Canal do Panamá, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. O Canal do Panamá é responsável por 6% do comércio global e conecta os oceanos Atlântico e Pacífico.

Em meio aos desafios, a Autoridade do Canal do Panamá adotou medidas para reduzir o trânsito, com o objetivo de conservar água. Em condições normais, o trecho recebe entre 34 e 36 embarcações diárias. Com a crise hídrica, o número de trânsitos diários recuou para 24. Até fevereiro deste ano, a estimativa é de que 18 embarcações possam cruzá-lo diariamente.

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O administrador do Canal do Panamá, Ricaurte Vásquez, estima agora que a redução dos níveis da água poderia custar-lhes entre 500 milhões e 700 milhões de dólares em 2024, em comparação com estimativas anteriores de 200 milhões de dólares.

Uma das secas mais severas que já atingiu o país centro-americano provocou o caos na rota marítima de 80 km (50 milhas), causando um engarrafamento de navios, lançando dúvidas sobre a confiabilidade do canal para o transporte marítimo internacional e levantando preocupações sobre o seu impacto no comércio global.

Rota marítima no Brasil

No Brasil, o mercado de seguros marítimos está em crescimento, e a busca por proteção tende a ser cada vez mais contratada na medida em que a produção nacional de bens agropecuários se expande e se diversifica contribuindo para o abastecimento local e mundial, de acordo com o relatório da Guy Carpenter.

Tanto o comércio interno quanto as exportações se beneficiam de um mercado pleno e competitivo. A contratação de seguros marítimos tem crescido a taxas superiores à inflação e a penetração deste produto tende a se fortalecer cada vez mais com a maior inclusão do Brasil no comercio mundial.

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A manutenção do nível produtivo do setor agro e a retomada da indústria local, impulsionadas pelo programa ´Nova Indústria Brasil´, vai alavancar os prêmios nos próximos anos. Acredita-se que o mercado internacional será a principal motriz de geração de negócios apoiados em um consumo aquecido e taxa de câmbio depreciado favorável ao país, segundo o levantamento.


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