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Como cuidar melhor das suas finanças pessoais

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Nunca se falou tanto sobre dinheiro, finanças pessoais e investimentos como atualmente. Com a ajuda da internet, conectando qualquer pessoa a qualquer lugar, diversos conteúdos são disseminados rapidamente e a educação financeira é um deles. Porém, apesar da quantidade de informação, a maioria das pessoas ainda não gosta e não sabe falar sobre dinheiro.

Um estudo do Itaú Unibanco, em parceria com o Datafolha e a consultoria Box 1824, sobre relação emocional do brasileiro com dinheiro, mostra que 49% das pessoas evitam até mesmo pensar em dinheiro para não ficar triste. Foram ouvidos 2.071 brasileiros, sendo 49% homens e 51% mulheres das classes A, B, C, D e E, com idades entre 16 e 65 anos em todo o Brasil pelo Datafolha. Dos entrevistados, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado em termos financeiros.

Pensando em ajudar os brasileiros que não gostam de falar ou que não sabem ter um planejamento e controle do próprio orçamento, Ismael Fiuza, coordenador de contabilidade da FortBrasil, administradora de cartões de crédito especialista em plásticos private label, preparou algumas dicas para que as pessoas possam cuidar melhor de suas finanças pessoais.

1 – Regra dos 50-15-35

A regra é bastante simples: dividir o orçamento em três perguntas para onde a sua renda deverá ser direcionada, como, por exemplo, 50% para gastos essenciais, 15% para prioridades financeiras e 35% para estilo de vida.

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Isso significa dizer que, tudo o que é básico e fundamental, não deverá superar 50% do seu orçamento: moradia, contas de consumo, educação e assim por diante.

Em seguida, as prioridades financeiras devem se limitar a 15% do seu orçamento. Se você está endividado, essa é a parcela que deverá ser canalizada para o pagamento desses compromissos. Do contrário, esse percentual deve ser destinado à poupança e à construção de patrimônio.

Seguindo os dois parâmetros anteriores, você conseguirá 35% do seu orçamento para gastar com coisas que gosta e trazem sentido para sua vida: passeios, hobbies, restaurantes e tudo mais que te define e te motiva. Sem essas coisas, as finanças pessoais ficam comprometidas, pois a vida perde, literalmente, a graça.

Cuidado, portanto, em rotular como “supérfluo” as coisas que lhe trazem alegria.

2 – Faça um planejamento financeiro pessoal

Muita gente pensa que o planejamento financeiro pessoal é um bicho de sete cabeças. Mas não é. Aliás, o grande segredo é ser simples e funcional. A base de qualquer planejamento é simplesmente definir prazos e metas. O ideal é montar uma planilha para controlar os gastos mensais.

3 – Junte uma reserva de emergência

Outro ponto importante para sair das dívidas é ter uma reserva de emergência. É necessário estipular um valor e ir guardando aos poucos até atingir um valor substancial.

Ao poupar uma boa quantia, você garante que terá como superar momentos de crise.

4 – Utilize a tecnologia a seu favor

Se você achar uma planilha financeira trabalhosa, existem aplicativos de controle financeiro que podem se tornar seu melhor amigo. A grande vantagem, além da simplicidade no uso, é a mobilidade.

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Como a maioria tem a versão para smartphone, você poderá lançar suas despesas no ato, sem esperar chegar em casa, correndo o risco de esquecer.

Há ainda aplicativos que se conectam às suas contas correntes, realizando os lançamentos de forma automática.

A você caberá, apenas, criar categorias para cada despesa, como “moradia”, “transporte”, “educação”, para citar alguns exemplos, e definir metas (ou limites) para seus gastos.

5 – Poupe parte do seu dinheiro e invista, mesmo que pouco

É importante ter em mente que ganhar pouco não é desculpa para não poupar. O grande segredo das finanças pessoais não é ficar tentando adaptar seus ganhos à sua vida, mas adaptar sua vida aos seus ganhos.

Esforce-se, assim, para conseguir separar 15% do que ganha para poupar e, por consequência, investir.

Esqueça esse dinheiro e condicione-se a viver com os 85% restantes e adapte sua vida a eles. Assim, com disciplina e paciência, você verá seu patrimônio crescer.

6 – Aprenda como economizar dinheiro

A economia de dinheiro é parte importante das finanças pessoais, por isso, falamos tanto sobre esse assunto. E, por mais óbvio que pareça, economizar vem de cortar desperdícios — tão simples quanto isso.

E, após começar a fazer o controle dos seus gastos, ficará muito fácil identificá-los. De forma resumida: desperdício de dinheiro é tudo aquilo que você paga mas não usa, ou, o gasto para o qual (caso use) haveria opção mais barata.

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7 – Aprenda e ensine sobre finanças pessoais

Quando vivemos em família, é fundamental que todos se engajem em torno dos objetivos comuns da casa.

E com finanças pessoais não é diferente: se todos estiverem em sintonia, os resultados serão muito melhores. Por isso, é importante criar uma dinâmica familiar, com um momento para que esse assunto seja abordado.

Defina um dia do mês, crie um ritual e assuma esse compromisso. É importante que seja um momento sério, mas gostoso. E que, ao longo do tempo, todos possam comemorar juntos as conquistas e encarar os desafios.

É claro que, se tiver filhos muito pequenos, é preciso esperar que tenham idade e discernimento para participar desse momento. Sempre haverá algo a ensinar e aprender.

Estimule todos a fazerem pesquisas e trazer assuntos novos a cada encontro sobre finanças pessoais. Logo, perceberá os benefícios do aprendizado conjunto, bem como a determinação em construir um futuro sólido de forma participativa.


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