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Agora que os juros estão mais altos que preço do arroz, o investimento em renda fixa internacional está fazendo a alegria dos brasileiros. Agora que a inflação do consumidor (CPI-US) de janeiro dos Estados Unidos e os dados sobre o desemprego lá nunca estiveram tão positivos, o Fed (Federal Reserve) está apertando o cinto e mantendo a política monetária restritiva por mais tempo. O Resultado dessa relação é uma inflação controlada em dólar estadunidense. Portanto, tudo isso aponta um clima ideal para saber o que são os Corporate Bonds.
Esse cenário tem tudo a ver com os corporate bonds, ou títulos de dívidas. Afinal, os rendimentos desses títulos estão estabilizados e com porcentagens asseguradamente altas. Inclusive, alguns papéis de empresas AAA estão pagando cerca de 4,71% de rendimento em dólar segundo o Moody’s Charts, o que é tipo ganhar na loteria. Já que é mais estável e menos inflacionado que o real.
Então, se você quer sair um pouco da mesmice e se aventurar em novas paradas, investir em renda fixa internacional pode ser o match perfeito!
Índice de conteúdo
Mas afinal, o que é Corporate Bonds?
Corporate bonds, aqueles títulos que as empresas emitem para pedir dinheiro emprestado, são tipo um Tinder das finanças. As empresas fazem um perfil todo bonitinho, dizem para que precisam do dinheiro (tipo, pagar dívidas, financiar projetos ou comprar uma casa na praia) e, se você se interessar, elas te mandam juros e, se tudo der certo, devolvem o principal lá no vencimento.
O prazo pode ser longo ou curto. Prazos longos, como qualquer investimento, asseguram um risco maior mas também maior rendimento. E, assim como no Tinder, a atração dos investidores é determinada pelo risco de crédito da empresa e pelas condições do mercado.
Os títulos corporativos também são negociados em mercados secundários, o que significa que você pode comprar e vender antes do vencimento, entretanto sempre por um valor menor que o crédito final. As agências de classificação de risco, como a Moody’s Charts, que avalia a qualidade de crédito das empresas emissoras e atribuem notas de risco aos títulos corporativos. Ou seja, auxilia a escolher qual crush é o mais confiável. Entretanto, as melhores e mais atualizadas informações na internet infelizmente estão em inglês.
Mas cuidado, cada escolha de Corporate Bonds tem seus próprios riscos, tipo o risco de crédito da empresa emissora, o risco de mercado e o risco de taxa de juros. Então, já sabe, né? Antes de dar like em qualquer empresa, avalie bem os riscos!
Saiba que há diversos tipos de Corporate Bonds?
Tipo de Corporate Bond | Descrição |
---|---|
Investment-grade bonds | Títulos de dívida emitidos por empresas com boa classificação de risco, com baixo risco de inadimplência. São investimentos de menor risco, mas com taxas de juros mais baixas. |
High-yield bonds | Títulos de dívida emitidos por empresas com maior risco de inadimplência, oferecendo taxas de juros mais altas. São investimentos de maior risco. |
Convertible bonds | Títulos de dívida que podem ser convertidos em ações da empresa emissora em determinadas condições, considerados híbridos entre títulos de dívida e ações. |
Callable bonds | Títulos de dívida que podem ser resgatados antecipadamente pela empresa emissora, antes do vencimento, mediante o pagamento de uma taxa. |
Puttable bonds | Títulos de dívida que dão ao investidor o direito de vender o título de volta para a empresa emissora antes do vencimento, mediante o pagamento de uma taxa. |
Floating rate bonds | Títulos de dívida cujas taxas de juros são ajustadas periodicamente, de acordo com uma taxa de referência, como a taxa Libor. São investimentos com rendimentos flutuantes. |
Fixed rate bonds | Títulos de dívida com taxas de juros fixas ao longo de todo o período de investimento. São investimentos com rendimentos previsíveis e estáveis. |
Vale a pena investir?
Olha só, a prosperidade do dólar estadunidense tá fazendo os investidores brasileiros quererem comprar renda fixa internacional, especialmente para escapar da neblina econômica que está a política interna em nosso país por enquanto.
Mas calma lá, antes de sair comprando tudo que vê pela frente, é preciso considerar alguns fatores. Primeiro, o cenário atual ainda tá meio incerto, então é bom ficar de olho na escalada dos juros nos EUA (confira tudo sobre isso em nosso artigo) e não sair apostando todas as fichas neles.
Segundo, a liquidez no mercado norte-americano é maior, mas ainda assim é bom avaliar como funciona a negociação no mercado secundário. E terceiro, cada emissão tem suas próprias características, como prazo, indexação e emissor, que podem influenciar no risco de crédito.
Corporate Bonds, o que é importante saber antes de investir?
Está pensando em investir em renda fixa internacional? Cuidado, porque há informações importantes para se saber antes. Os Corporate Bonds são em essência títulos pré-fixados. E o que é isso?
- Títulos prefixados: são aqueles em que o investidor sabe exatamente quanto receberá ao final do período de investimento. O rendimento é determinado no momento da compra do título, por meio de uma taxa de juros definida previamente.
Por exemplo, se um investidor compra um título prefixado que paga 10% de juros ao ano e investe R$ 1.000, ele sabe que receberá R$ 1.100 no final do período de investimento, que pode ser de alguns meses ou anos.
- Títulos pós-fixados: são aqueles em que o rendimento está atrelado a uma taxa de referência, como a taxa Selic ou o IPCA. O investidor não sabe exatamente quanto receberá ao final do período de investimento, pois o rendimento é calculado com base na variação da taxa de referência no período.
Por exemplo, se um investidor compra um título pós-fixado atrelado à taxa Selic e investe R$ 1.000, ele receberá um rendimento que varia de acordo com a variação da taxa Selic no período de investimento.
Em geral, os títulos prefixados oferecem uma taxa de juros mais alta, mas têm um risco maior, pois o investidor corre o risco de receber menos do que esperava se a taxa de juros do mercado subir. Já os títulos pós-fixados oferecem um rendimento mais estável, mas podem ter uma taxa de juros menor.
Logo, investir em Corporate Bonds possui um risco maior que títulos de dívidas estatais estadunidenses, os ETFs.
Imposto de Renda ao Investir nessa modalidade
Pois é, infelizmente até os bonds estão sujeitos aos temidos impostos.
Mas nem tudo está perdido. O imposto incide somente sobre os ganhos de capital obtidos na venda de ativos desde que as vendas dentro de um mesmo mês ultrapassem a quantia de R$ 35 mil. Ou seja, se você vendeu bonds e não atingiu esse valor, pode respirar aliviado.
Ah, mas não pense que acabou por aí, amiguinho. Os bonds também pagam rendimentos e aplicações em títulos fora do Brasil também são considerados ganho de capital, então é bom ficar esperto e pesquisar sobre quanto deverá ao Estado ao investir nessa modalidade.
É, meus amigos, o leãozinho é implacável mesmo.
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