Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Corrupção faz Brasil ser reprovado na OCDE: entenda

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

OCDE expressa preocupação com a impunidade em escândalos de corrupção no Brasil e destaca falta de condenações em suborno transnacional.

O Grupo de Antissuborno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório crítico sobre a postura do Brasil em relação ao combate à corrupção.

O documento destaca a preocupação com a impunidade prevalente em casos de corrupção no país, especialmente em situações de suborno transnacional. Surpreendentemente, nenhum indivíduo foi condenado por suborno transnacional no Brasil, e o primeiro caso ainda está pendente na Justiça há quase uma década.

A decisão do STF de anular as provas do acordo de leniência da Odebrecht também foi mencionada, gerando preocupações adicionais.

Relatório da OCDE aponta falhas no combate à corrupção no Brasil

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por meio de seu Grupo de Antissuborno, divulgou recentemente um relatório que avalia a postura do Brasil em relação ao cumprimento da Convenção contra o Suborno Transnacional.

O documento não só expressa preocupação com a impunidade em casos de corrupção no país, mas também destaca a falta de condenações definitivas em situações de suborno transnacional.

Leia mais  Brasil está crescendo por reformas de Temer e Bolsonaro, afirma gestor

O relatório ressalta que, apesar dos muitos casos de corrupção que vieram à tona nos últimos anos, nenhum indivíduo foi condenado por suborno transnacional no Brasil. Além disso, o primeiro caso desse tipo ainda está em andamento na Justiça, sem uma resolução definitiva, mesmo após quase 10 anos.

Outro ponto de destaque no relatório é a recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht.

Esta decisão gerou preocupações sobre a segurança jurídica dos acordos de leniência no Brasil e as consequências para a cooperação internacional no combate à corrupção.

A OCDE também manifestou preocupação com a independência dos agentes da lei no Brasil. O relatório sugere que o país adote medidas para proteger a Procuradoria-Geral da República (PGR) de influências políticas e fortaleça garantias contra possíveis vieses políticos por parte dos agentes de aplicação da lei.

A organização recomenda ações concretas para combater a corrupção e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.

Haddad dissemina informação incorreta sobre OCDE e voto de qualidade no Carf

O cenário político brasileiro foi recentemente marcado por declarações controversas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em um evento, Haddad afirmou que a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estaria condicionada à restituição do “voto de qualidade” ao Carf. Essa afirmação, no entanto, foi prontamente desmentida, evidenciando uma disseminação de informação incorreta por parte do ministro.

Leia mais  Nota do Brasil nas agências de classificação de risco devem continuar subindo, segundo especialista

A alegação de Haddad baseava-se em uma carta da OCDE, que supostamente indicava que a organização cessaria as discussões sobre a entrada do Brasil caso a regra do “voto de qualidade” fosse mantida. No entanto, a realidade é que a carta apenas fazia um diagnóstico do impacto dessa regra nos contribuintes brasileiros, sem impor condições para a adesão do país à organização.

A diretora da OCDE, Grace Perez-Navarro, esclareceu que não há paralelo entre os países membros da organização na adoção do mesmo mecanismo vigente no Brasil. A retomada do “voto de qualidade” não prejudicaria os contribuintes, mas também não resultaria em sanções à adesão do Brasil à OCDE.

Este incidente não foi isolado. Haddad já havia citado o documento fora do contexto original em outras ocasiões, gerando confusão e desinformação. A retomada do “voto de qualidade” é uma estratégia do governo para aumentar a arrecadação de impostos e reduzir o déficit das contas públicas, com expectativa de injetar mais de R$ 54 bilhões nos cofres em 2024.

Leia mais  Veja quais as metas do "Novo BNDES"

Além disso, Haddad gerou revolta ao comparar conselheiros do Carf a “detentos” em processos que tramitam no conselho. Sem o “voto de qualidade”, empates em disputas tributárias beneficiavam os contribuintes, mas agora são favoráveis ao governo.

O portal Gazeta do Povo procurou o Ministério da Fazenda para esclarecimentos sobre as declarações de Haddad, aguardando retorno. Este episódio ressalta a importância da verificação de informações e transparência por parte de autoridades públicas, evitando a propagação de fake news e garantindo a confiança da população nas instituições.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Reforma tributária vai impactar a rotina de empresas de todo o Brasil

Fernando Américo

Pix é utilizado por 90% da população adulta do país em apenas 4 anos

Fernando Américo

Panvel registra recordes em relatório do 3T24

Fernando Américo

Dotz registra primeiro lucro líquido desde o IPO

Fernando Américo

É falso que parcela de janeiro do Bolsa Família será paga junto à de dezembro

Fernando Américo

Escala de trabalho 4×3 funcionaria para trabalhadores brasileiros?

Fernando Américo

Deixe seu comentário