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Brasil está crescendo por reformas de Temer e Bolsonaro, afirma gestor

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A inflação brasileira cai, mas o déficit fiscal persiste, diz Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset Management.

Enquanto a inflação no Brasil continua surpreendendo com números mais baixos, a situação fiscal do país permanece complicada, segundo Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset Management. Ele observa que o déficit fiscal pode atingir R$ 80 bilhões, longe do equilíbrio esperado pelo governo. No entanto, Stuhlberger acredita que o mercado já incorporou esse valor em suas projeções e preços de ativos.

Ele prevê uma inflação de 3,40% para o ano e destaca que a situação fiscal é preocupante, embora o país encerre o ano com um déficit semelhante ao de 2019. O gestor também elogia as reformas realizadas por governos anteriores, como as de Jair Bolsonaro e Michel Temer, que permitiram o crescimento sem inflação.

Inflação surpreende para baixo enquanto déficit fiscal preocupa, diz gestor da Verde Asset Management

O cenário econômico brasileiro apresenta uma curiosa dualidade, conforme apontado por Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset Management. Enquanto a inflação no Brasil continua surpreendendo para baixo, a situação fiscal do país permanece desafiadora.

Segundo Stuhlberger, o déficit fiscal pode atingir a marca de R$ 80 bilhões, muito distante do equilíbrio que o governo pretendia alcançar. No entanto, o gestor ressalta que esse número já foi incorporado pelo mercado em suas projeções e preços de ativos, o que minimiza os impactos imediatos.

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Em relação à inflação, Stuhlberger prevê uma taxa de 3,40% para o ano, podendo até mesmo ser inferior, dependendo da evolução dos preços de energia. No entanto, ele enfatiza que a situação fiscal do país ainda é motivo de preocupação, apesar do fato de que o déficit esperado para este ano é semelhante ao de 2019.

O gestor também elogia as reformas implementadas pelos governos anteriores, incluindo as administrações de Jair Bolsonaro e Michel Temer, que, segundo ele, têm permitido o crescimento econômico sem gerar inflação descontrolada.

Stuhlberger expressa um otimismo moderado em relação ao Brasil como destino de investimentos, destacando que o país parece ser uma boa opção para alocar capital moderadamente. No entanto, ele ressalta que a Bolsa já registrou um considerável aumento e que é possível investir em ativos brasileiros sem temer retrocessos causados por fatores internos.

No cenário internacional, o gestor avalia que a China não enfrentará uma crise abrupta, mas uma desaceleração gradual em seu crescimento, exportando deflação para o mundo. Ele prevê que a China optará por desvalorizar sua moeda como medida para manter sua competitividade global.

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Governo Lula causa segundo pior déficit da história do Brasil

O governo brasileiro encerrou o ano de 2023 com um déficit primário de R$ 230,5 bilhões, representando 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Este resultado é o segundo maior déficit nas contas públicas desde o início da série histórica em 1997, marcando um contraste significativo com o ano anterior, que registrou um superávit de R$ 54,1 bilhões.

A principal explicação para esse rombo nas contas públicas em 2023 é a antecipação do pagamento de precatórios no valor de R$ 92,3 bilhões. Precatórios são dívidas judiciais do governo nas quais não cabem mais recursos. Além disso, o governo teve que compensar Estados e municípios devido às perdas na arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que, sem esses fatores extraordinários, o déficit teria sido de R$ 138,1 bilhões, correspondendo a 1,27% do PIB.

A meta fiscal ajustada para 2023 admitia um déficit de até R$ 213,6 bilhões nas contas do Governo Central, que inclui Tesouro, Previdência Social e Banco Central. Entretanto, no último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 177,4 bilhões, equivalente a 1,9% do PIB.

O governo havia prometido um déficit de 1% do PIB em 2023, mas já se admitia que poderia ficar em torno de 1,3%. No entanto, devido ao pagamento dos precatórios, esse objetivo não foi alcançado. É importante destacar que o pagamento das dívidas judiciais da União foi feito por meio da abertura de crédito extraordinário com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o que não configura descumprimento da meta fiscal.

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Os precatórios estavam represados devido à “PEC do Calote,” que adiou o pagamento desses débitos da União até 2026. No entanto, em dezembro do ano passado, o governo Lula editou uma Medida Provisória que liberou um crédito extraordinário de R$ 93,1 bilhões para quitar esse estoque de precatórios represados. O cenário fiscal do país continua desafiador, e medidas adicionais podem ser necessárias para reverter essa situação.


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