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Despesas do governo brasileiro superaram R$ 2 trilhões em 2023, impulsionadas por medidas de gastos sociais e ajustes fiscais.
As despesas do governo brasileiro em 2023 atingiram um valor surpreendente, ultrapassando a marca de R$ 2 trilhões. Isso se deveu principalmente às medidas de gastos sociais e ajustes fiscais implementados pela nova gestão liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O resultado, que registrou um déficit primário, representou o segundo pior da história do país, perdendo apenas para o ano de 2020, marcado pelos gastos extraordinários relacionados à pandemia da Covid-19.
Uma parcela significativa desse déficit foi destinada ao pagamento de dívidas do governo anterior que a atual administração considerou injustas. Para equilibrar o orçamento de 2024, o governo tem focado em aumentar a arrecadação por meio de várias medidas fiscais.
Despesas do governo brasileiro em 2023 superam expectativas, impulsionadas por gastos sociais e mudanças fiscais
No ano de 2023, as despesas do governo brasileiro surpreenderam ao ultrapassar a marca de R$ 2 trilhões, impulsionadas por uma série de medidas de gastos sociais e ajustes fiscais implementados pela nova gestão liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse valor significativo representou o segundo pior déficit primário da história do país, perdendo apenas para o ano de 2020, quando o Brasil enfrentou gastos extraordinários relacionados à pandemia da Covid-19.
Uma parcela considerável desse déficit foi direcionada ao pagamento de dívidas do governo anterior, que a atual administração considerou injustas e optou por honrar. Esse compromisso de pagamento dessas dívidas contribuiu significativamente para o aumento das despesas públicas em 2023.
Além disso, medidas de gastos sociais, como a tornação permanente do benefício de R$ 600 do Bolsa Família e o aumento dos investimentos em áreas como saúde, educação, bolsas de estudo e merenda escolar, também contribuíram para o crescimento das despesas governamentais.
A despesa total do governo avançou 12,45% em termos reais em 2023, representando 7,6% de crescimento em relação ao ano anterior. Esse aumento foi registrado mesmo após a exclusão das despesas com precatórios do cálculo. A despesa total em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 19,6% em 2023, o maior patamar desde 2020, e sem contar a pandemia, o maior valor desde 2016.
Para equilibrar o orçamento de 2024, o governo tem se concentrado principalmente em medidas para aumentar a arrecadação, como a volta de regras favoráveis ao governo em casos de empate no Carf e mudanças na tributação de incentivos concedidos por estados sobre o ICMS. O objetivo é alcançar o déficit zero neste ano, embora o desafio seja significativo diante do histórico de crescimento das despesas do governo.
Mais de 2 milhões de empresas fecharam no Brasil em 2023
Em um cenário econômico desafiador, o Brasil testemunhou o fechamento de um número alarmante de empresas ao longo de 2023. De acordo com o Mapa de Empresas, uma iniciativa do governo federal, um total de 2.153.840 empresas encerraram suas atividades durante o ano. Isso representa um aumento de 25,7% em relação a 2022, quando 1.712.993 companhias encerraram suas operações.
Os dados apontam que as microempresas e empresas de pequeno porte foram as mais afetadas, com 2.049.622 e 49.631 empresas extintas, respectivamente. O panorama econômico instável e os desafios enfrentados pelos pequenos negócios contribuíram significativamente para essa estatística preocupante.
Entre janeiro e novembro do ano passado, um total de 670 empresas decretaram falência, sendo a maioria delas micro e pequenas empresas. Além disso, outras 1,3 mil empresas buscaram proteção através do pedido de recuperação judicial, de acordo com informações da Serasa.
Gigantes em apuros e contrastes regionais
Uma das notícias mais impactantes foi o pedido de recuperação judicial das Lojas Americanas (AMER3). Uma das gigantes do varejo brasileiro enfrentou uma dívida acumulada de mais de R$ 40 bilhões. Esse acontecimento ressalta a magnitude dos desafios econômicos enfrentados pelas empresas em 2023.
Entretanto, nem tudo foi sombrio. Durante o mesmo período, 3.868.687 novas empresas foram abertas no país, resultando em um saldo positivo de 1,7 milhões de empreendimentos iniciados e um total de 20,7 milhões de empresas ativas em 2023.
O Ministério do Desenvolvimento identificou que o estado do Mato Grosso foi a unidade da federação com o maior crescimento percentual de empresas abertas, registrando a criação de 86 mil novos negócios, um aumento de 6,4%.
Por outro lado, Roraima liderou o ranking de maior percentual de empresas fechadas, com um aumento de 41,2% em relação a 2022 e o fechamento de 3,5 mil empresas. Outros estados que se destacaram nesse cenário incluem o Maranhão (com crescimento de 35,3%), Rio de Janeiro (33,8%), Distrito Federal (33,5%) e Amazonas (32,8%).
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