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A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o rating de crédito soberano do Brasil de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável. A decisão foi tomada com base em uma melhora do desempenho macroeconômico e fiscal do país, apesar dos sucessivos choques econômicos nos últimos anos. A Fitch espera que o novo governo, liderado por Lula, trabalhe para melhorias adicionais, embora defenda uma mudança em relação à agenda econômica liberal de governos anteriores.
A agência acredita que o pragmatismo e os amplos mecanismos institucionais de controle impedirão desvios macro ou microeconômicos radicais. Além disso, o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado, como a reforma tributária.
A Fitch projeta que a relação entre dívida e PIB aumentará, mas em um ritmo mais lento e a partir de uma posição inicial “muito melhor do que o previamente previsto”. A agência destaca que a classificação atual do Brasil reflete uma economia grande e diversificada, alta renda per capita, mercados domésticos sólidos e uma grande reserva de recursos financeiros que apoiam a flexibilidade de financiamento do governo e sua alta participação da dívida em moeda local.
No entanto, a dívida pública alta, rigidez fiscal, baixo potencial de crescimento econômico e pontuações de governança relativamente baixas impedem uma classificação mais alta. O Ministério da Fazenda afirmou que a decisão da agência corrobora os esforços do governo para fortalecer o ambiente econômico e promover a consolidação fiscal.
Dólar recua com sinalização de pausa no aperto monetário pelo presidente do Fed e elevação no rating do Brasil pela Fitch.
O dólar à vista teve uma queda acentuada no fechamento, influenciado pelo desempenho da moeda no exterior após as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. Ele deixou aberta a possibilidade de uma pausa no ciclo de aperto monetário em setembro, dependendo dos dados econômicos.
Enquanto o mercado de ações nos EUA não reagiu significativamente, o índice DXY, que mede a força do dólar contra outras divisas fortes, recuou abaixo dos 101 pontos. Além disso, a apreciação do real começou pela manhã devido à elevação do rating do Brasil pela Fitch. O cenário levou o dólar à vista a recuar 0,46%, fechando a R$ 4,7282.
Declarações de Jerome Powell e melhoria no rating do Brasil pela Fitch influenciam a queda do dólar à vista
O dólar à vista teve uma queda expressiva no mercado, especialmente na parte final da sessão, acompanhando o desempenho da moeda no exterior.
Essa desvalorização foi resultado das declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que deixou a porta aberta para uma possível pausa no ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos.
Powell, após o BC americano elevar os juros em 0,25 ponto percentual, afirmou que uma parada na alta dos juros em setembro é “uma possibilidade”, embora também não tenha descartado a possibilidade de um aumento, destacando que tudo dependerá dos dados econômicos.
As declarações de Powell impactaram o mercado e contribuíram para que o índice DXY, que mede a força do dólar contra seis divisas fortes, voltasse a ficar abaixo dos 101 pontos. Essa situação levou à desvalorização da moeda norte-americana em relação a outras moedas, como o euro e a libra esterlina.
Além dos fatores externos, a valorização do real também contribuiu para o enfraquecimento do dólar à vista. No Brasil, a Fitch elevou o rating do país de BB- para B, o que sinaliza uma melhoria na perspectiva econômica do Brasil aos olhos dos investidores. Essa mudança favorável impulsionou a apreciação do real, e o CDS de 5 anos do Brasil, que mede o risco do país, registrou uma queda significativa, atingindo o nível mais baixo desde junho de 2021, com 167 pontos.
No fechamento, o dólar à vista recuou 0,46%, cotado a R$ 4,7282, após oscilar entre R$ 4,7230 e R$ 4,7554 durante o dia. Enquanto isso, o dólar futuro para agosto registrava uma leve alta de 0,53%, a R$ 4,730.
A expectativa do mercado agora se volta para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontecerá em breve, com todos aguardando uma possível queda nas taxas de juros no Brasil de pelo menos 0,50 ponto percentual.
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