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Governo Lula anula leilão de arroz devido a irregularidades

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  • O governo Lula anula leilão de compra de arroz devido a suspeitas de irregularidades.
  • Empresas vencedoras do leilão apresentaram fragilidades em capacidade técnica e financeira para importar o alimento.
  • Presidente da Conab destaca necessidade de novo leilão para contratar empresas capazes de fornecer arroz de qualidade a preços competitivos.
  • Ainda não há data definida para o novo leilão.
  • Governo está considerando diferentes modelos para garantir capacidade das empresas contratadas.
  • Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar assegura apoio da CGU e AGU para abertura de novo edital.
  • Medidas visam garantir integridade e eficácia nos processos de aquisição de alimentos para o país.

Nesta terça-feira (11), o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou a decisão do governo Lula de anular um leilão público destinado à compra de 263 mil toneladas de arroz. A medida foi tomada em meio a suspeitas de irregularidades, após as empresas vencedoras do leilão demonstrarem fragilidades em sua capacidade para importar o alimento.

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Pretto enfatizou a necessidade de uma nova abordagem, visando a contratação de empresas capazes de fornecer arroz de qualidade a preços competitivos. Ele destacou que a decisão de anular o leilão foi motivada pelos questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas arrematadoras, levantando dúvidas sobre sua capacidade de honrar os compromissos com o dinheiro público.

O presidente da Conab ressaltou que ainda não há uma data definida para o novo leilão, mas enfatizou o compromisso do governo em garantir transparência e eficiência no processo de aquisição de alimentos. Pretto indicou que o governo está considerando diferentes modelos para o próximo leilão, a fim de garantir que as empresas contratadas tenham a capacidade necessária para cumprir com seus compromissos.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou a determinação do governo em resolver a situação, afirmando que a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União fornecerão suporte para a abertura de um novo edital para a compra do grão. Essas medidas evidenciam o compromisso do governo em garantir a integridade e eficácia nos processos de aquisição de alimentos para o país.

Desdobramentos

O Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, apresentou sua renúncia nesta terça-feira em meio a alegações de fraude no recente leilão de arroz conduzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A renúncia foi confirmada pelo ministro Carlos Fávaro após uma reunião realizada no Palácio do Planalto.

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Geller, que já ocupou o cargo de ministro durante a gestão de Dilma Rousseff e também foi deputado, tomou a decisão após surgirem relatos de que seu assessor parlamentar, Robson Luiz Almeida França, teria arrematado nove dos 15 lotes de arroz no leilão realizado na semana passada. Em 2023, França e Marcelo Piccini Geller, filho de Neri, teriam fundado uma empresa em conjunto.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, explicou que a formação dessa sociedade foi citada por Geller como motivo para sua renúncia. Fávaro ressaltou que não há evidências de conduta imprópria por parte de Geller ou seu filho, mas que a situação levantou preocupações e, por isso, Geller optou por colocar seu cargo à disposição.

Após a renúncia de Geller, o presidente da Conab, Edegar Pretto, anunciou que um novo leilão de arroz será realizado. Surgiram suspeitas em relação à capacidade das empresas vencedoras de arcarem com seus compromissos, uma vez que entre elas constam uma mercearia, uma locadora de carros e uma fábrica de sorvetes.

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Este desdobramento destaca a importância de garantir a integridade e a transparência nos processos de leilão, especialmente quando se trata de produtos essenciais como o arroz. As autoridades competentes devem conduzir uma investigação minuciosa para esclarecer as circunstâncias e evitar qualquer irregularidade futura que possa comprometer a confiança no sistema de abastecimento de alimentos.


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