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As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta terça-feira (19) de forma mista, com os principais índices exibindo comportamentos divergentes. A sessão iniciou com uma queda, devido às incertezas geradas pelo potencial agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia. Contudo, a recuperação foi impulsionada por declarações do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que afirmou estar “fortemente a favor de fazer tudo para não permitir que uma guerra nuclear ocorra”. Esse posicionamento trouxe um alívio ao apetite de risco dos investidores.
Ao final do dia, o índice Dow Jones recuou 0,28%, encerrando em 43.268 pontos, enquanto o S&P 500, mais amplo, registrou um avanço de 0,40%, fechando aos 5.916 pontos. O Nasdaq, dominado pelas grandes empresas de tecnologia, teve a melhor performance, subindo 1,04%, a 18.987 pontos, refletindo a expectativa positiva para o balanço da Nvidia (NVDA), previsto para o dia seguinte. No entanto, as ações da Nvidia apresentaram leve alta de 0,10%.
No Brasil, o Ibovespa teve um dia positivo, com uma alta de 0,34%, fechando aos 128.197 pontos. A Bolsa brasileira foi beneficiada pela queda nos juros futuros, que recuaram ao longo de toda a curva, em um movimento de correção técnica após as altas recentes. A expectativa em relação aos cortes de gastos e às reformas fiscais segue no radar dos investidores. O governo brasileiro vem estudando medidas fiscais para equilibrar as contas públicas, o que tem gerado especulações no mercado.
Além disso, o setor externo também favoreceu o mercado nacional, com a notícia de que Brasil e China firmarão acordos para exportação de produtos agropecuários para o país asiático. Essa parceria fortalece a demanda pelos produtos brasileiros, o que teve impacto positivo nas ações de empresas como a Petrobras, que, apesar de recuar nesta terça-feira, teve valorização no dia anterior.
No entanto, o cenário doméstico também apresentou desafios. O início do dia foi negativo para o Ibovespa, que chegou a cair 0,24%, aos 127.465 pontos. A Petrobras, por exemplo, sofreu um retrocesso, com suas ações ordinárias (PETR3) caindo 0,41% e as preferenciais (PETR4) cedendo 0,48%. O impacto da divulgação do plano de investimentos da companhia até 2029 foi interpretado com cautela pelos investidores.
A Vale (VALE3), por sua vez, manteve-se estável, refletindo a valorização do minério de ferro nas bolsas asiáticas, mas sem um impacto significativo nas suas ações. O movimento de queda também foi observado em instituições financeiras, com os papéis do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e BTG (BPAC11) apresentando desvalorização.
Já o setor de consumo, particularmente afetado pelos juros futuros em alta, viu quedas nas ações de algumas empresas, como as operadoras de telecomunicações. Por outro lado, a Oi (OIBR3) teve um desempenho positivo após a aprovação da Anatel para a transferência para o regime de autorização, que desobriga a empresa a manter a estrutura operacional em vários municípios. As ações da Oi chegaram a disparar mais de 100% no pregão de segunda-feira, mas tiveram recuo de 0,48% nesta terça.
Em contraste, as ações da Americanas (AMER3) continuaram a trajetória de recuperação, subindo 1,17%, após uma valorização de 150% no dia anterior.
Confira os índices em destaque nesta terça-feira, 19 de novembro
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