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O governo Chinês voltou a embargar nesta manhã a importação de carne bovina de frigoríficos brasileiros, em especial da Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3). Em comunicado enviado ao ministério da Agricultura, a China informa que estão suspensas por períodos de até um mês as exportações de carne bovina de mais quatro unidades brasileiras. A motivação da ação, novamente, teria sido por eles terem encontrado traços de COVID-19 nas embalagens de tais unidades. Mas será este o verdadeiro motivo?
A China tem um histórico complicados com casos sanitários, (vide a eclosão da pandemia de Covid que se originou no país). E o governo segue extremamente cauteloso após este histórico.
A lista das unidades que estão suspensas desde ontem, são as seguintes: JBS – Lins/SP (SIF 337) JBS – Senador Canedo/GO (SIF 2058) Marfrig – Promissão/SP (SIF 2543) Marfrig – Varzea Grande/MT (SIF 2015)
Além das plantas brasileiras, duas plantas frigoríficas russas e uma uruguaia foram suspensas também.
As suspensões tem variações de tempo, no caso do Marfrig de Promissão/SP, o tempo de suspensão é de 4 semanas. Já para as outras três plantas frigoríficas brasileiras o tempo de suspensão é de 1 semana. Vale ainda lembrar que outras unidades, como a de Mozarlândia da JBS, estão suspensas a mais de 60 dias. “A decisão da China de suspender as importações de carne bovina da unidade da JBS em Mozarlândia (GO), no Vale do Araguaia, vem saturando o mercado de animais prontos para abate da região, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Mozarlândia, Belchior Machado”
Por outro lado, as movimentações também podem conter motivos comerciais ocultos. Como estratégia comercial e buscando renegociar contratos, a China já utilizou de tal medida antes.
Diante disso, alguns analistas apontam que essa é uma das mais justificáveis causa dos atuais embargos. Lembrando que o país asiático, acabou de liberar inúmeras plantas frigoríficas nos EUA. Os grandes economistas e analistas de mercado pecuário, trouxeram suas avaliações referentes aos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), computados em abril/22 e durante as duas semanas deste mês de maio.
“Pela primeira vez na história, os preços médios de exportação da carne bovina brasileira in natura oscilam acima do patamar de US$ 6.000/tonelada” apontou o analista da Agrifatto.
A Secex, divulgou que os preços médio mensal da carne bovina embarcada no período ficou em US$ 6,34 mil/t. Esse valor representa um avanço de 2,1% ante a média de abr/22, continuando no processo de renovação de máximas históricas de preço.
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