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A Câmara dos Deputados recebeu, até o momento, seis pedidos de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apenas alguns meses após a sua posse.
Essa quantidade é significativamente maior do que a registrada no mesmo período para o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2019, que tinha apenas dois pedidos protocolados solicitando a sua retirada do cargo.
Metade dos pedidos contra Lula foi motivada por declarações públicas do petista. O mais recente deles, apresentado pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS) na quarta-feira, 22, cita uma declaração controversa dada por Lula durante uma entrevista ao site 247, na qual ele disse que, enquanto estava preso, queria “foder” o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).
Outros dois pedidos, apresentados pelos deputados Ubiratan Sanderson (PL-RS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES), citam uma declaração polêmica feita por Lula durante uma viagem à Argentina, na qual ele afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe de Estado”, ignorando o processo legal que ocorreu em 2016.
Entretanto, esses dois pedidos foram arquivados de acordo com os termos do art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD), pois foram apresentados no final de janeiro de 2023, enquanto a atual legislatura começou em 2 de fevereiro.
Os outros três pedidos protocolados se referem a um suposto processo de licitação para compra de móveis de luxo, à responsabilização de Lula pelos atos golpistas de 8 de janeiro e à tentativa do presidente de impedir a instalação de CPI e CPMI para investigar os ataques antidemocráticos em Brasília.
É importante lembrar que a apresentação de pedidos de impeachment não significa que o processo será efetivamente instaurado. Para que isso ocorra, é necessário que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decida abrir o processo de impeachment e, em seguida, que dois terços dos deputados votem a favor da acusação.
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