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Mais mentiras? Bancos contestam informações sobre credores da Americanas

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A situação contábil da Americanas parece estar piorando a cada segundo. Após liberar nesta manhã a sua lista de credores, uma série de instituições começaram a desmentir os dados apresentados ao mercado pela varejista.

O Banco Votorantim foi um dos primeiros a contestar as informações sobre dívida da Americanas (AMER3). Segundo o banco, valores informados não refletem a real exposição junto à companhia, além disso, o BV diz que em 11 de janeiro era credor da Americanas em aproximadamente R$ 206 milhões. Ademais, o banco afirma ter liquidado créditos, o que vem sendo alvo de disputa judicial

Além do Votorantim, o Deutsche Bank, que aparece como sendo credor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões) também afirmou ao Broadcast não ter exposição direta de crédito à varejista. O banco atua como agente fiduciário (trustee) de dois títulos da dívida (bonds) que a Americanas emitiu no exterior no segundo semestre, de US$ 500 milhões casa, afirmou uma fonte ao serviço de notícias. Como fiduciário, o Deutsche apenas mantém o título de dívida em seu poder, mas os papéis são dos investidores que compraram os bonds na emissão externa.

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A lista “oficial” de empresas, bancos e instituições que devem tomar “calote” da Americanas finalmente foi divulgada pela companhia na manhã desta quarta-feira (25). A lista será entregue à Justiça nas próximas horas, informa Lauro Jardim/Globo. São 7.972 entre pessoas físicas, jurídicas e municípios.

Apenas aos bancos, as dívidas relacionadas são:

▪️BTG: R$ 3,5 bilhões
▪️Deutsche Bank: R$ 5,2 bilhões
▪️Bradesco: R$ 4,8 bilhões
▪️Santander: R$ 3,6 bilhões
▪️Banco Votorantim: R$ 3,2 bilhões
▪️Safra: R$ 2,5 bilhões
▪️Itaú: R$ 2,9 bilhões
▪️Banco do Brasil: R$ 1,3 bilhão
▪️Caixa: 501 milhões
▪️BNDES: R$ 276 milhões

Entre as empresas se destacam:

▪️Google: R$ 94 milhões
▪️Apple: R$ 98 milhões
▪️Facebook: R$ 11,4 milhões
▪️Samsung: R$ 1,2 bilhão
▪️Nestlé: R$ 259 milhões
▪️Ferrero Rocher: R$ 14,8 milhões
▪️Modelez: R$ 97 milhões
▪️Neugebauer: R$ 15 milhões
▪️Hershey: R$ 16,7 milhões
▪️Semp: R$ 70 milhões
▪️LG: R$ 52,8 milhões
▪️Lenovo: R$ 31 milhões
▪️Dell: R$ 36,8 milhões

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Os lojistas que vendem mercadorias para o marketplace da Americanas não estão na lista de credores da varejista. No fim de 2022, 150 mil lojistas vendiam seus produtos por meio da companhia. As exceções que aparecem na lista podem ser entendidas como casos em que o vendedor é também fabricante de um produto, podendo vender diretamente para a Americanas, informa o Valor Pro. Os lojistas são clientes da empresa e sua plataforma atua como intermediária e não como compradora da companhia.

Além das dívidas com credores, que chega a R$ 43 bilhões, a Americanas SA (AMER3) tem dívidas tributárias com o governo federal e com os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, informa o Estadão. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e das secretarias de Fazenda dos dois maiores Estados do país mostram que os valores chegam a cerca de R$ 1,8 bilhão.

A dívida fiscal não é incluída no plano de recuperação judicial, informou ao jornal o sócio da área Tributária do escritório Urbano Vitalino Advogados, Fábio Cury. Porém, a empresa precisa demonstrar ter capacidade de honrar esse passivo. Após aprovado o plano, ela tem várias maneiras de abater seus débitos com o Fisco, como parcelar em até 145 vezes e reduzir em até 70% algumas multas, desde que cumpridos alguns requisitos, explicou Cury.

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