A melhor ação da Bolsa? Esta empresa está prestes a se tornar uma gigante

• Prio comprará 60% do campo de Peregrino da Equinor por US$ 3,5 bilhões, passando a controlar 100% do ativo
• Empresa deve aumentar sua produção em 55%, atingindo cerca de 162 mil barris por dia
• Prio se aproxima das maiores petroleiras do país e projeta expansão estratégica na Bacia de Campos

A Prio (PRIO3) anunciou uma das maiores aquisições do setor de petróleo brasileiro nesta década. A companhia fechou um acordo de US$ 3,5 bilhões com a norueguesa Equinor para adquirir os 60% restantes do campo de Peregrino, localizado na Bacia de Campos (RJ).

Com isso, a empresa passará a deter 100% do ativo, o que deve elevar sua produção em cerca de 60 mil barris de petróleo por dia, segundo comunicado oficial.

A transação, portanto, coloca a Prio entre as principais produtoras privadas de petróleo do Brasil, atrás apenas da estatal Petrobras, da britânica Shell e da francesa TotalEnergies.

Hoje, a Prio já produz cerca de 115 mil barris por dia (bpd). Após a incorporação completa do campo de Peregrino, a produção estimada da empresa saltará para 162 mil bpd. Dessa forma, um aumento de 55%, de acordo com dados projetados pelo Itaú BBA.

A operação

Segundo a Prio, a operação será dividida em duas etapas. A primeira consiste na aquisição de 40% de participação, somada ao controle operacional do campo, por US$ 2,23 bilhões, mais um pagamento contingente (earn-out) de US$ 166 milhões. A segunda etapa envolve a compra dos 20% restantes por US$ 951 milhões.

Os pagamentos, no entanto, estão sujeitos a ajustes até o fechamento e dependem da aprovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A empresa, portanto, afirmou que utilizará recursos próprios em caixa e a geração de fluxo de caixa até a conclusão da transação, prevista entre o fim de 2025 e meados de 2026. O negócio também agregará 202 milhões de barris em reservas e recursos classificados como “1P+1C” ao portfólio da Prio.

A expectativa do mercado é positiva. Por volta das 13h40 desta segunda-feira, as ações da Prio subiam mais de 6% na B3. Analistas do Itaú BBA destacaram que o controle total do ativo permitirá à companhia operar com mais eficiência. Assim, explorando sinergias com outros campos vizinhos e otimizando custos para ampliar a rentabilidade.

Produção e armazenamento

O campo de Peregrino é composto por uma plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO), apoiada por três plataformas fixas. Desde 2009, a Equinor operava o campo, responsável pela produção acumulada de cerca de 300 milhões de barris ao longo de mais de uma década.

Apesar da venda, a Equinor afirmou que continuará apostando no Brasil. Segundo Philippe Mathieu, vice-presidente executivo da companhia, o país seguirá como peça central na estratégia global da petroleira norueguesa. Especialmente, com a entrada em operação do campo de Bacalhau e o avanço do projeto de gás de Raia.

“Com esses dois projetos e a parceria em Roncador, nossa produção no Brasil se aproximará de 200 mil bpd até 2030”, destacou.

A Prio, por sua vez, sinaliza um novo patamar de protagonismo no setor energético nacional. Assim, com crescimento robusto, estratégia agressiva e gestão orientada à geração de valor com eficiência operacional.