
- Aquisição inclui ex-designers da Apple responsáveis por produtos como iPhone e iPad, com objetivo de criar dispositivos inovadores
- CEO da OpenAI aposta em um salto evolutivo na tecnologia de consumo, com aparelhos mais intuitivos e pessoais do que os smartphones atuais
- Com apoio de investidores bilionários e nomes históricos do design, OpenAI entra na disputa com gigantes como Apple, Google e Meta
A OpenAI deu um passo inédito e surpreendente ao anunciar a aquisição de uma startup fundada pelo lendário designer da Apple, Jony Ive, em um acordo estimado em US$ 6,5 bilhões.
A operação, que une capital, talento e inovação, marca a entrada definitiva da OpenAI no universo do hardware. Dessa forma, com o objetivo de lançar dispositivos físicos alimentados por inteligência artificial.
A startup adquirida (conhecida até então como LoveFrom) era composta por designers e engenheiros veteranos da Apple, muitos dos quais ajudaram a criar ícones como o iPhone, iPad e Apple Watch.
Com a fusão, Sam Altman, CEO da OpenAI, busca transformar a IA generativa do ChatGPT em produtos tangíveis. Contudo, capazes de alterar profundamente a forma como as pessoas interagem com a tecnologia.
Nova categoria
Altman afirmou que esse novo projeto nasce com a ambição de lançar uma “nova categoria de dispositivo”, contudo, algo tão disruptivo quanto o próprio smartphone foi nos anos 2000.
A intenção é explorar ao máximo o potencial da IA generativa com um novo tipo de interface. E, que possa superar os limites atuais de computadores, celulares e assistentes digitais.
Mudança estratégica e poder de criação
Com essa aquisição bilionária, a OpenAI sinaliza ao mercado que sua ambição vai além do software e da nuvem. A empresa quer mudar a maneira como a tecnologia é integrada ao cotidiano. Assim, criando uma nova geração de produtos com foco em IA.
O projeto vem sendo desenvolvido em parceria com o ex-chefe de design da Apple, Tang Tan, além de nomes como Evans Hankey e Scott Cannon, também ex-Apple. Tan deve liderar a criação de dispositivos que combinem beleza, funcionalidade e uma IA com presença constante no cotidiano do usuário.
Segundo Altman, a ideia é que o dispositivo seja “mais intuitivo, mais útil e mais pessoal do que qualquer coisa já criada antes”. Ele reconhece, portanto, que o momento atual lembra o início das interfaces gráficas. Onde o potencial ainda precisa ser plenamente explorado.
Investidores de peso e disputa por talentos
A transação envolveu fundos de peso como Thrive Capital, Andreessen Horowitz, Sequoia Capital e Emerson Collective, reforçando o apetite do mercado por inovações em IA aplicada ao consumo.
A aquisição também assegura à OpenAI controle sobre uma equipe experiente que, por décadas, moldou o design de produtos usados por bilhões de pessoas.
A investida chega em um momento em que empresas como Meta, Amazon e Google intensificam seus esforços para levar a IA generativa ao hardware. A Meta, por exemplo, já trabalha com os óculos inteligentes Ray-Ban com câmeras e microfones integrados. Enquanto, a Amazon aposta em dispositivos Echo mais avançados.
Com essa aquisição, a OpenAI responde à altura, preparando-se para lançar uma linha de produtos que pode redefinir os padrões de consumo tecnológico. E, além disso, mudar novamente o jogo no Vale do Silício.