- Tarcísio de Freitas deve escolher entre disputar a reeleição ou a presidência em 2026
- Se Tarcísio for à presidência, Márcio França surge como o principal nome de centro-esquerda para o governo de SP
- Lula prioriza o Senado em 2026 e busca apoio para sua agenda legislativa
- Lula ainda não vê um nome competitivo para a presidência no centro-esquerda, o que mantém sua reeleição em aberto
O cenário político de 2026 está se delineando, e a decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre sua candidatura à reeleição ou à presidência será crucial para os rumos das eleições em todo o país.
De um lado, Tarcísio reafirma sua intenção de disputar a reeleição no Palácio dos Bandeirantes, mas, por outro, figuras de siglas de centro e direita defendem seu nome como uma boa alternativa à presidência.
A posição do governador paulista é de grande interesse para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aguarda a definição para alinhar suas próprias estratégias eleitorais e definir a candidatura de oposição ao governo de São Paulo.
Avaliação
Em caso de candidatura de Tarcísio ao Palácio do Planalto, no governo federal, há uma avaliação de que isso favoreceria uma candidatura de centro-esquerda no estado.
No entanto, se o governador decidir disputar a reeleição, o cenário político em São Paulo se tornaria mais desafiador para a esquerda, já que a gestão de Tarcísio tem tido boa aceitação entre os eleitores, o que pode dificultar uma oposição forte.
A última pesquisa realizada pela Paraná Pesquisas revelou que 51,6% dos eleitores do estado avaliam a administração de Tarcísio como ótima ou boa, o que coloca em xeque as chances de uma candidatura da esquerda se tornar competitiva.
Reeleição
Caso o governador opte pela reeleição, o nome que aparece com maior potencial para a oposição em São Paulo é o do atual ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), que já ocupou o cargo de governador do estado e é visto como um político com boa base eleitoral, especialmente entre os eleitores mais ligados à centro-esquerda.
França tem se mostrado disposto a disputar novamente o governo paulista, o que poderia representar um desafio mais direto ao atual governo estadual.
Em relação ao cenário nacional, o presidente Lula tem se mostrado preocupado com o fortalecimento das siglas de direita, que, se se consolidarem, poderiam tornar mais difícil a aprovação de sua agenda política caso ele busque a reeleição em 2026. O presidente afirmou recentemente a auxiliares que sua prioridade nas eleições de 2026 será o Senado.
Candidaturas de centro
Com isso, Lula tem sinalizado que está disposto a apoiar candidatos de centro aos governos estaduais, com o intuito de construir uma base mais ampla para suas campanhas à Casa Legislativa, especialmente pensando em garantir maior apoio à sua pauta governista.
Lula tem afirmado que, embora esteja aberto a apoiar candidatos de centro, ele ainda não vê um nome competitivo no campo da centro-esquerda para a presidência em 2026.
Em conversas recentes, relatadas por interlocutores, o presidente teria dito que não considera a necessidade de uma reeleição, mas ressalta que a falta de um nome forte dentro da sua base política o leva a manter a candidatura em aberto.
Em sua visão, a alternativa mais viável para garantir a continuidade da esquerda no comando do país seria sua própria reeleição.
Governador paulista
Assim, o jogo político para 2026 começa a se intensificar com a definição do futuro de Tarcísio de Freitas. O governador paulista está diante de uma escolha que não só impactará o futuro político do estado de São Paulo, mas também o alinhamento das estratégias para a sucessão presidencial.
Enquanto isso, o presidente Lula continua a se preparar para possíveis desdobramentos. Dessa forma, mantendo aberta a possibilidade de sua candidatura, dependendo da definição dos próximos passos de Tarcísio. Além de outros fatores que possam surgir no cenário político nacional.