- Haddad afirmou que a queda do dólar ajudará a reduzir preços de alimentos e combustíveis nas próximas semanas
- O reajuste do salário mínimo e a atualização da tabela do Imposto de Renda vão melhorar o poder de compra e controlar a inflação
- O aumento dos combustíveis é atribuído à alta do dólar e à importação de gasolina e diesel
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre a queda recente do dólar e as medidas econômicas que o governo federal está implementando para reduzir os preços dos alimentos e combustíveis.
Em entrevista à rádio Cidade de Caruaru (PE), nesta sexta-feira (7), o chefe da pasta econômica detalhou como a valorização do real pode beneficiar a população e melhorar o poder de compra.
Impacto da queda do dólar
O ministro Haddad destacou que a trajetória de queda do dólar observada nas últimas semanas terá impacto direto na redução de preços. A valorização da moeda brasileira tende a diminuir o custo de importação de produtos essenciais, o que deve refletir positivamente no preço dos alimentos e combustíveis no Brasil.
De acordo com ele, a estratégia do governo visa estabilizar o valor da moeda e reduzir a pressão sobre o bolso do consumidor.
“A política que estamos adotando para trazer esse dólar para um patamar mais adequado vai ter reflexo nos preços nas próximas semanas”, afirmou Haddad.
Além da queda do dólar, Haddad comentou que outras medidas, como o reajuste do salário mínimo e a atualização da isenção da tabela do Imposto de Renda, também irão contribuir para aumentar o poder de compra da população.
Essas iniciativas devem ajudar a controlar os preços dos alimentos. E dessa forma, gerar mais conforto financeiro para as famílias brasileiras.
Ajustes no salário mínimo
Uma das estratégias do governo para melhorar a situação econômica da população é o reajuste do salário mínimo. Que visa, no entanto, acompanhar a inflação e garantir que o trabalhador tenha mais poder de compra.
Além disso, a atualização da isenção da tabela do Imposto de Renda também deve aliviar a carga tributária dos brasileiros. Principalmente, dos mais pobres, permitindo que mais pessoas fiquem isentas de pagar impostos.
Essas medidas, segundo Haddad, têm como objetivo aliviar o orçamento das famílias e ajudar a controlar a inflação. No entanto, que impacta diretamente no aumento dos preços dos produtos essenciais, como alimentos e combustíveis.
Preços dos combustíveis
O ministro da Fazenda também abordou o impacto do câmbio sobre os preços dos combustíveis. Assim, afirmando que a recente alta nos preços da gasolina e do diesel está relacionada à importação desses produtos e à variação do dólar.
Ele lembrou que, após a eleição de Donald Trump, houve uma disparada do valor do dólar, o que impactou diretamente o custo dos combustíveis no Brasil. A importação de gasolina e diesel a preços elevados fez com que as distribuidoras repassassem esses aumentos para os consumidores.
No início de fevereiro, os preços dos combustíveis foram reajustados devido ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que teve um aumento geral estimado em 12,58%.
Como resultado, o preço da gasolina e do etanol deve sofrer um aumento de cerca de 13,6%. Esses reajustes refletem a pressão externa sobre o mercado e o impacto das variações cambiais na economia brasileira. O governo, no entanto, busca conter o impacto dessa alta por meio de suas políticas cambiais e fiscais.
Estratégia de consumo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também sugeriu uma estratégia adicional para controlar a inflação: a população deve evitar a compra de produtos mais caros e optar por itens mais acessíveis.
Lula incentivou os consumidores a substituírem produtos que apresentem aumentos significativos de preço por alternativas com valores mais baixos.
Essa estratégia, segundo o presidente, pode pressionar as empresas a reduzirem seus preços, ajudando no controle da inflação e, consequentemente, tornando os produtos mais acessíveis para a população