
- Fake news sobre fechamento do Nubank viraliza, mas fintech desmente e reforça operação sólida
- Mudança regulatória sobre uso do termo “bank” não afeta serviços nem representa risco
- Empresa alerta para os perigos da desinformação e orienta clientes a buscarem canais oficiais
O Nubank se viu novamente no centro de uma onda de desinformação após rumores sobre seu suposto fechamento viralizarem nas redes sociais. Desde o dia 15 de outubro de 2024, a busca pela frase “Nubank vai fechar” disparou no Google, alimentando um pânico sem fundamento entre usuários e investidores.
A fintech precisou intervir publicamente para desmentir a fake news, reiterando que sua operação no Brasil segue normal, sólida e em crescimento.
O estopim do boato foi uma reestruturação regulatória envolvendo os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da empresa, instrumento financeiro voltado a investidores.
A mudança, de caráter técnico, não afeta em nada o funcionamento da conta, cartão de crédito ou demais serviços utilizados pelos clientes. Mesmo assim, a falta de compreensão sobre o tema serviu de combustível para especulações infundadas.
Em comunicado oficial, o Nubank foi categórico:
“Seguimos operando normalmente, com uma base sólida de mais de 95 milhões de clientes e contínuo crescimento no Brasil”.
A fintech reforçou que possui uma estrutura financeira saudável, lucros crescentes e ampla capacidade de expansão, tanto no mercado nacional quanto internacional.
Entenda o boato: de onde surgiu a confusão
A confusão ganhou fôlego em grupos de WhatsApp e redes como X (ex-Twitter) e TikTok, onde vídeos sensacionalistas começaram a circular, sugerindo que o Nubank encerraria as atividades em breve.
Esses conteúdos, sem qualquer base factual, misturavam a reestruturação dos BDRs com um debate regulatório em andamento no Banco Central, criando um cenário falso de crise.
O Banco Central, de fato, estuda uma medida que pode obrigar empresas que não operam como bancos tradicionais a retirar o termo “bank” do nome. Se aprovada, essa exigência pode forçar o Nubank a adotar um nome mais genérico, como apenas “Nu”.
No entanto, trata-se de uma questão puramente semântica, sem impacto direto nas operações da empresa, que continua oferecendo os mesmos serviços com a mesma infraestrutura.
Especialistas alertam que mudanças técnicas no mercado financeiro, quando descontextualizadas, abrem margem para interpretações erradas e geram alarmismo.
“O público, muitas vezes, não compreende o vocabulário técnico e acaba caindo em narrativas distorcidas. Isso se intensifica em um ambiente de redes sociais rápidas, onde o tempo de checagem é mínimo”, afirma Marina Coutinho, analista de comunicação digital.
Nubank reage com transparência e alerta usuários
Em resposta à avalanche de boatos, o Nubank publicou esclarecimentos em seu blog, redes sociais e canais de atendimento, reforçando a importância de buscar informações nos meios oficiais. A empresa reiterou que sua atuação permanece robusta no Brasil, com planos ambiciosos de crescimento em 2025 e expansão de produtos, como investimentos, seguros e funcionalidades para empreendedores.
A fintech ainda aproveitou o episódio para reforçar práticas de segurança digital. Alertou seus clientes a desconfiarem de mensagens com tom alarmista, especialmente aquelas que contêm links suspeitos, pedidos de senhas ou orientações para “resgatar saldo”.
Com lucros consistentes nos últimos trimestres, expansão da base de clientes e novas soluções financeiras sendo desenvolvidas, o Nubank reafirma sua posição como uma das maiores fintechs da América Latina. Em vez de encerrar suas atividades, como indicam os boatos, a empresa, portanto, segue em rota de consolidação e inovação.