- Marcelo Gasparino e José João Abdalla eleitos para o Conselho de Administração da Petrobras em eleição por voto múltiplo
- Gasparino obteve 7,14 bilhões de votos, Abdalla recebeu 7,1 bilhões
- Minoritários garantiram quatro vagas entre as onze do colegiado
- É necessário obter 5,16 bilhões de votos para se eleger como conselheiro por voto múltiplo
- Gasparino e Abdalla devem se abster em casos de conflito de interesse, especialmente em negócios de geração de energia limpa
- Representante dos funcionários, Rosângela Buzzanelli, também integrará o conselho
- Seis vagas restantes serão preenchidas por indicados da União
- Destaque para a busca por uma gestão equilibrada e representativa, enfatizando transparência e ética nas decisões.
Na eleição por voto múltiplo, os acionistas da Petrobras escolheram Marcelo Gasparino, advogado, e José João Abdalla, empresário, para integrarem o Conselho de Administração da empresa. Com 7,14 bilhões e 7,1 bilhões de votos, respectivamente, Gasparino e Abdalla emergiram como os candidatos mais votados, destacando a diversidade de interesses entre os acionistas.
A eleição, que permite a distribuição livre de votos entre os candidatos, reflete a importância dos minoritários, que garantiram quatro das onze vagas disponíveis no colegiado. Segundo a mesa diretora da Assembleia Geral Ordinária (AGO), é necessário obter 5,16 bilhões de votos para ser eleito como conselheiro por voto múltiplo. Os números expressivos de Gasparino e Abdalla evidenciam um amplo apoio dos acionistas.
Tanto Gasparino quanto Abdalla deverão se abster em casos de conflito de interesse, especialmente em questões relacionadas a negócios de geração de energia limpa, devido às suas participações em outras empresas desse setor, como a Eletrobras.
A composição do Conselho de Administração inclui também a representante dos funcionários, Rosângela Buzzanelli, enquanto as restantes seis vagas serão preenchidas por indicados da União.
A eleição ressalta a busca por uma gestão equilibrada e representativa, comprometida com os interesses estratégicos da Petrobras, e destaca a importância da transparência e ética nas decisões do conselho.
Pagamento dos dividendos
O conselho de administração da Petrobras aprovou hoje (25), a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários de 2023, totalizando R$ 43,9 bilhões. A decisão, tomada após intensas discussões internas, equilibra a proposta inicial de distribuição total com as preocupações sobre a sustentabilidade financeira da empresa.
Na reunião da última sexta-feira, o conselho havia sinalizado a intenção de liberar metade dos dividendos, mas a confirmação dependia da votação de hoje. A medida reflete um compromisso entre a retenção integral defendida por parte dos membros governamentais e a liberação completa dos recursos.
Os ministros Fernando Haddad da Fazenda, Rui Costa da Casa Civil, e Alexandre Silveira de Minas e Energia, que previamente haviam se posicionado a favor da distribuição de 100% dos dividendos em uma reunião no Palácio do Planalto, enfrentaram oposição no conselho, que votou 6 a 4 pela retenção na sessão anterior.
O pagamento dos demais 50% dos dividendos da petroleira, já tem aval de Lula e está previsto para o segundo semestre, afirmam fontes internas.