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A Petrobras, gigante estatal do petróleo, interrompeu o processo de transferência de gestão da refinaria SIX (Unidade de Industrialização do Xisto), localizada no Paraná, após a empresa compradora, Forbes & Manhattan Resources, subsidiária da holding canadense Forbes & Manhattan (F&M), deixar de cumprir com suas obrigações contratuais, resultando em um calote de R$ 140 milhões.
A SIX, que funciona como um centro avançado de pesquisa na área de refino, foi vendida para a F&M em novembro de 2021 por R$ 178,8 milhões (US$ 33 milhões). A venda fazia parte de um pacote de oito refinarias que a Petrobras colocou à venda, representando metade da capacidade de refino do país.
O processo de transferência de gestão, comum em vendas de ativos, envolve a transição do controle da refinaria da Petrobras para o novo comprador, um processo que pode levar de 12 a 18 meses. Durante esse período, a Petrobras presta suporte administrativo e técnico à operação da refinaria, serviços pelos quais a empresa compradora deve pagar.
No entanto, a Petrobras suspendeu temporariamente esses serviços devido ao não cumprimento das obrigações contratuais por parte da F&M. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) estima que o calote dado pela empresa canadense seja de cerca de R$ 140 milhões.
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, argumenta que a situação demonstra a incapacidade financeira e operacional do grupo comprador. A Petrobras, por sua vez, garantiu que continuará adotando todas as medidas necessárias para garantir a máxima segurança das pessoas e das instalações em São Mateus do Sul, onde a refinaria está localizada.
A situação atual levanta questões sobre a viabilidade da venda de ativos da Petrobras e a capacidade das empresas compradoras de cumprir com suas obrigações contratuais. A resolução do impasse entre a Petrobras e a F&M será crucial para determinar o futuro da refinaria SIX e o impacto potencial na estratégia de venda de ativos da Petrobras.
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