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Os preços do petróleo tiveram uma forte alta na segunda-feira (3), após o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir a produção em 1 milhão de barris diários a partir de maio. As cotações do petróleo tipo Brent subiram 6,33%, chegando a US$ 84,95 por barril, enquanto o tipo WTI teve alta de 6,52%, cotado a US$ 80,63. A decisão da Opep se soma a uma redução de 2 milhões de barris diários acordada na reunião da Opep+ em outubro de 2022, liderada pela Arábia Saudita.
A queda nos preços dos barris havia sido ocasionada pela crise no sistema bancário mundial após a falência do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, levando a cotação para US$ 73 (Brent) e US$ 67 (WTI), de acordo com a CNN International. Agora, o aumento nos preços do petróleo pode prolongar a pressão inflacionária em todo o mundo e influenciar em uma política mais agressiva do Fed, o Banco Central dos EUA.
Na última reunião, a autoridade monetária norte-americana aumentou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, chegando a 4,75% a 5% ao ano, em sua nona alta consecutiva. A decisão da Opep pode levar a um aumento na pressão inflacionária, o que pode levar o Fed a aumentar ainda mais a taxa de juros.
Os cortes anunciados pela Opep foram liderados pela Arábia Saudita e visam estabilizar o mercado de petróleo. Outros países que reduzirão a produção são a Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, com cortes que variam entre 40.000 e 500.000 barris diários.
A medida da Opep, que foi vista como uma forma de equilibrar o mercado, afetará principalmente os países importadores de petróleo, que podem sofrer com a elevação dos preços. Essa decisão também pode afetar a economia global, uma vez que muitos setores, incluindo o transporte e a produção de energia, dependem do petróleo como uma fonte primária de energia.
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