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No dia 30 de Janeiro de 2023, um novo título se tornou disponível no Tesouro Direto, o Tesouro Renda Mais. Assim, o objetivo desse título é facilitar o planejamento da aposentadoria. Então, visa entregar segurança, estabilidade e conforto, sendo uma opção de complementar a previdência para os investidores. Assim, vamos descobrir se o Tesouro Renda+ vale a pena.
Confira de perto as principais informações deste artigo no sumário abaixo:
Atualizado por Arthur Piassetta, redator do Guia do Investidor, em 22/10/23.
Índice de conteúdo
Mas afinal, o que é?
Segundo a Secretaria da Previdência Social, o Brasil tem hoje pouco mais de 19 milhões de aposentados pelo INSS. Desses, a cada três, dois ganham um salário-mínimo. Não à toa, 46% dos aposentados dizem que o valor da previdência não é suficiente para pagar as contas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego, o Tesouro RendA+ é um investimento simples e seguro. Ainda, promete ser a nova porta de entrada para o mundo dos investimentos.
“Esse novo título público promete ser ainda mais democrático e acessível que os demais títulos do Tesouro Direto, já que pode ser feito com um investimento inicial de apenas R$ 30,00 e tem como principal intuito o complemento de renda para a aposentadoria – uma preocupação de muitos brasileiros”
Renan Diego
Dessa forma, esse título tem foco a longo prazo, bem como é atrelado ao IPCA, mantendo o poder de compra do investidor ao longo dos anos. Ainda mais, esse título foi criado com base em um estudo sobre previdências complementares que menciona o Brasil como um país com potencial para criar uma “SUPER” dessa.
Quais são os princípios SUPER
A sigla “SUPER” não é apenas uma palavra. Ela representa cinco princípios essenciais que, juntos, formam um conjunto de características que um investimento deve ter. Estes princípios são especialmente importantes para quem pensa em investir a longo prazo e deseja manter o poder de compra.
Vamos a eles:
- Simples: O primeiro princípio é a simplicidade. Isso significa que qualquer um pode optar por esse investimento a qualquer momento. Não há burocracia extensa ou procedimentos complicados.
- Universal: Aqui, o foco está na acessibilidade. Qualquer pessoa física, independentemente de sua situação ou localização, tem o direito de adquirir. Não é restrito a um grupo ou classe.
- Portável: Esta característica destaca a flexibilidade. Se você muda de cidade, emprego ou qualquer outra situação de vida, seu investimento vai junto. Ele permanece contigo, sem complicação.
- Eficiente: O investimento é vantajoso em termos de custos. Em comparação com outros produtos financeiros, ele tem um custo mais baixo. Além disso, oferece taxas de retorno que são competitivas no mercado.
- Regulado: Por fim, mas não menos importante, o investimento é regulado. Isso garante sua segurança e confiabilidade. Além disso, há uma gestão de risco adequada, o que traz uma camada extra de tranquilidade para o investidor.
Então, os princípios SUPER asseguram que o investimento é fácil, acessível, flexível, vantajoso e seguro. Ao considerar opções de investimento, é bom ter esses princípios em mente.
Entendendo a Renda Fixa
Primeiramente, antes de explicarmos como funciona o Tesouro Renda+, é preciso entender a Renda Fixa e também, como a economia vem se comportando nos últimos anos para saber se investir em Renda Fixa é o ideal.
A Renda Variável, como o próprio nome indica, é uma categoria de investimentos que passa por variações. O maior e mais claro exemplo disso é a bolsa de valores e suas ações, que mudam diariamente. Enquanto isso, temos a Renda Fixa, que apresenta rentabilidade constante e pré-fixada.
Sendo assim, o perfil do investidor que investe em Renda Fixa costuma ser mais conservador, uma vez que poupa lidar com as variações do mercado, o que é diferente do arrojado, que se mostra mais tolerante aos riscos.
No entanto, a diferença das modalidades de investimentos são bastante voláteis. Por isso, é errado dizer que a renda fixa é melhor que a variável, e vice-versa. Afinal, tudo isso depende do momento, e em como você faz a leitura da economia para alocar seus investimentos.
Desse modo, uma das opções de Renda Fixa mais populares que temos é o Tesouro Direto. Ainda mais, há o CDB, LCI, entre outros.
A Renda Fixa e a Selic
Ademais, quando estamos falando de momento, estamos falando do comportamento atual da economia. E assim, somente isso deixa bem claro que as variações acontecem.
Desse modo, antes de entrar na Renda Fixa, é importante entender o movimento dos “momentos” da economia nos últimos anos. No entanto, por sorte, quando estamos falando de Renda fixa X Renda variável, existe uma boa explicação que mostra as principais movimentações dos investidores, a taxa Selic.
Isso porque os títulos de renda fixa precisam ser pré-fixados com antecedência. Então, em resumo, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. Ou seja, é a taxa de referência para os principais modelos de financiamento e rentabilidade da economia brasileira.
A Selic é o principal mecanismo para apontar a vencedora da disputa de Renda Variável x Renda Fixa. Afinal, a maior parte dos títulos de renda fixa, são pré-fixados nesta taxa. (Além de outros mecanismos de proteção, como a inflação).
Uma alta da Selic indica que a economia precisa de correção. E se o mercado está arisco, nada melhor do que se refugiar na renda fixa.
O Risco em pauta
Primeiramente, precisamos falar sobre as movimentações que explicam o aumento dos juros no Brasil, e esta movimentação se inicia na economia global.
As principais especulações sempre contavam com os nomes da Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. Com o risco das operações para a economia destes países, investidores rapidamente se refugiam em países emergentes.
Sendo assim, a aversão ao risco costuma acontecer no mercado, e é ela que cria uma série de tendências. A resposta desse fluxo de investidores a novos setores criou uma nova etapa para os investimentos, principalmente em países produtores de elementos essenciais e cíclicos, como commodities.
O aumento da demanda dos investidores por investimentos cíclicos, e a quebra dos ciclos produtivos na Europa graças a sanções trouxeram um rápido aumento de preços em commodities. Ou seja, em outras palavras, forçou o aumento da inflação. Que veio batendo recordes de alta em locais famosos pelo controle econômico, como a zona do Euro e na Economia dos Estados Unidos, que saíram das taxas “zero” nos últimos dias.
A medida de controle
Para os que já entendem a política econômica, o aumento dos juros se mostra óbvio. Afinal, o aumento da Selic é a certa ferramenta de controle de inflação.
Sabendo que, um juros mais alto onera o consumo e os investimentos, o que retira a circulação de produtos e serviços “cortando pela raiz” são os problemas de inflação. O mercado americano corrige este movimento, com o recente aumento dos seus juros. E se a principal economia mundial fez isso, o Brasil também não fica de fora.
A alta dos juros não é uma boa notícia para o mercado em geral. Afinal, conforme dito, altas taxas deixam o capital mais oneroso. As empresas seguram mais seus investimentos e então, não devem apresentar grandes disparadas operacionais.
Mas, o mercado também precifica uma alta nos juros. O otimismo gerado pelo indício que o cenário inflacionário está sendo bem combatido também leva investidores à comprarem. Um exemplo disso são as recentes altas da bolsa brasileira, que alia este sentimento com a temporada de resultados de operação para “inflar” as compras das empresas que eles estão vendo como as mais baratas do mercado.
O Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional criado em 2002, em parceria com a B3, para vender títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online, o que democratiza o acesso às aplicações. Esses títulos apresentam diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou da própria Selic), prazos de vencimento e fluxos de remuneração.
Sendo assim, o investidor “empresta” dinheiro para o tesouro nacional, o que o poupa de precisar de empréstimos vindos do exterior, garantindo as finanças públicas. Também, é de baixo risco, tal qual explicamos sobre as Rendas Fixas, e 100% garantido pelo tesouro nacional.
PREFIXADOS
Os títulos prefixados são aqueles que têm taxa de juros fixa, ou seja, você já conhece no momento do investimento. É o investimento ideal para quem quer saber exatamente o valor que receberá ao final da aplicação, no vencimento do título.
TESOURO SELIC
Os títulos Tesouro Selic são títulos pós-fixados que possuem rentabilidade atrelada à Taxa Selic. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. É o investimento ideal para quem quer começar a investir no Tesouro Direto.
TESOURO IPCA
A rentabilidade desse título está atrelada à inflação, medida pelo variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Ou seja, esses títulos oferecem rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros.
Dentre os títulos citados, existem outras variações, geralmente ligadas a prazo de resgate, e taxa de rentabilidade.
Um novo caminho
Agora, a proposta do Tesouro RendA+, novo título do Tesouro Direto, é entregar uma renda extra por 20 anos ao investidor.
O título será corrigido mensalmente pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e com pagamento de amortizações em parcelas mensais iguais, também corrigidas pelo IPCA, durante 20 anos (ou 240 meses).
Como funciona o Tesouro Renda+
A princípio, o Tesouro Renda Mais surgiu para complementar a aposentadoria. Isso porque o máximo que a aposentadoria pública pelo INSS paga é cerca de R$7 mil. Sendo assim, quem quer comprar o Tesouro Renda+ deve escolher uma data para se aposentar, e então garante um salário complementar por 20 anos.
Esse valor que ele irá receber é corrigido pela inflação, isso porque é um título do tipo NTN-B – ou Tesouro IPCA+. Assim, esses papéis garantem taxas de juros e a variação dada pela inflação, garantindo o poder de compra.
Ainda mais, como qualquer título de previdência, o Tesouro Renda+ tem duas fases: a de acumulação e a de conversão. Ou seja, durante a acumulação, o investidor aplica o dinheiro de certo em certo tempo. Já na conversão, recebe o valor e o que rendeu.
Também, pode-se resgatar o dinheiro a qualquer momento depois de esperar um período de carência de 60 dias. Assim, depois desse tempo, a liquidez é diária e pode vender os seus papéis pelo preço de mercado. Vale ressaltar que apenas pessoas físicas podem investir, e será da mesma forma que o Tesouro Direto normal: digital e na corretora de preferência do investidor.
Como investir?
Para investir, é direto no site do Tesouro Direto. Lá, você pode escolher uma data para receber pagamentos. Ainda, é possível comprar em múltiplos de R$ 1 mil.
Veja abaixo o passo a passo de como usar a calculadora do Tesouro Renda Mais.
Calculadora do Tesouro Renda +
Ao entrar no site do Tesouro Direto, na barra superior há a opção “RendA+“, que possui um pequeno balão escrito “novidade” acima. Ao clicar nele, você vai direto para a calculadora, que serve para simular seu investimento.
Para simular seu investimento, você deve preencher os campos solicitados, colocando sua idade, com quantos anos quer se aposentar, qual a renda extra que quer por mês e quanto tem para investir agora.
Sendo assim, para nosso exemplo, vamos supor que é uma pessoa de 30 anos, que quer se aposentar aos 60 anos com uma renda extra de R$ 5 mil por mês e que tem R$ 3 mil para investir agora. Podemos, com isso, descobrir o título ideal para essa pessoa. Basta por essas informações e apertar em “Descobrir meu título”.
Após por todas as informações, você saberá qual o melhor título para sua situação. No caso do nosso exemplo, nos entregaram um título com IPCA + 6.26% ao ano. A renda passaria a ser recebida em 2055, com a data de vencimento em 2074. Ao clicar em “Escolher”, você tem acesso a mais informações sobre.
Veja que para receber o valor de R$ 5 mil mensais no futuro, é necessário comprar 297,1 títulos. Então, começando o investimento com R$ 3 mil, 8,81 títulos já são comprados, e para chegar no valor total, é preciso comprar 0,76 títulos por mês até a data da aposentadoria, o que resulta em cerca de R$258,91 mensais.
Além disso, se você clicar em “ver outros títulos”, você pode ver outras opções para comprar, com datas de início e vencimento diferentes, bem como com outras taxas.
Enfim, vale apontar as informações dadas pelo próprio Tesouro Direto:
Observações
- As simulações são baseadas em projeções de mercado. Isso não garante resultados futuros.
- Lembre-se o simulador pode apresentar valores de investimento menores que R$ 30,00, mas o valor mínimo para investir no Tesouro Direto é R$ 30,00.
Tesouro Renda+ Vale a pena? Veja as Vantagens
Ainda mais, além do princípio SUPER que o Tesouro Renda+ carrega, veja agora quais são os benefícios desse título, apresentados pelo Tesouro Direto.
- Liquidez: possuem carência de 60 dias e, após esse tempo, pode vender ao preço de mercado, pois tem liquidez diária.
- Variedade: existem 8 títulos diferentes do Tesouro Renda+, dando poder de escolha ao investidor.
- Renda Extra Futura: investimento a longo prazo para quem pensa no futuro, garantindo um salário por 20 anos.
- Custo zero: quem levar esse investimento até o vencimento não precisará pagar a taxa de custódia nos pagamentos mensais futuros.
- Acessível: com cerca de R$30, já é possível começar a investir.
- Proteção contra inflação: todo mês o dinheiro que a pessoa receber será corrigido pela inflação, garantindo poder de compra.
- Rentabilidade: além de garantir o dinheiro acima da inflação, tem uma taxa de juros real fixa.
- Fácil de investir: é possível fazer uma simulação do investimento com a calculadora do Tesouro Renda+, sabendo quanto tempo pode levar para atingir sua meta no futuro.
- Outra taxa de custódia: Não é preciso pagar taxas semestrais. O investidor só pagará tarifas se vender antes da data de resgate ou se receber mais do que seis salários mínimos após a aposentadoria.
- Valor diminui com o tempo: a taxa de custódia do Tesouro Renda Mais fica menor do que os demais títulos de Tesouro Direto com o passar do tempo.
A respeito da taxa de custódia, vale apontar que para aqueles que recebem mais que 6 salários mínimos terão essa taxa sobre a renda mensal ao ano, sendo de 0,10% a mais sobre o excedente.
Tesouro Renda+ Vale a pena? Veja as Desvantagens
Segundo especialistas, a maior desvantagem relacionada ao Tesouro Renda + é a tributação. Isso porque o investidor não vai poder prever o valor investido da base de cálculo do Imposto de Renda, o que é diferente do que ocorre com os planos de previdência do tipo PGBL.
Sendo assim, a menor taxa de Imposto de Renda sobre o título público é de 15%, enquanto os de previdência privada é de 10% para a tabela regressiva. Então, o Tesouro Renda+ pode ser menos atrativo para os investidores
Além disso, é de se pensar que o investidor fique exposto às condições do mercado, fazendo com que depois o valor recebido seja superior ou inferior diante da que foi combinada no dia do investimento.
Datas para iniciar os resgates
A princípio, o Tesouro Direto vai dar 8 datas para o início do resgate, que será devolvido ao decorrer dos 20 anos, em 240 prestações mensais. Essas datas serão em 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065. Veja a tabela abaixo.
Novo Título | Vencimento |
Renda+ 2030 | 15/01/2030 |
Renda+ 2035 | 15/01/2035 |
Renda+ 2040 | 15/01/2040 |
Renda+ 2045 | 15/01/2045 |
Renda+ 2050 | 15/01/2050 |
Renda+ 2055 | 15/01/2055 |
Renda+ 2060 | 15/01/2060 |
Renda+ 2065 | 15/01/2065 |
Cobrança de Imposto de Renda no Tesouro Renda+
Já compreendemos que, em geral, o Tesouro Renda+ vale a pena, porém a questão do Imposto de Renda deixa alguns com o pé atrás. Por isso, vamos entender quais as taxas.
Os rendimentos serão tributados de acordo com as regras da tabela regressiva do Imposto de Renda. Então, funciona da seguinte forma:
Período de Resgate | Alíquota sobre rendimentos |
Até 180 dias | 22,5% |
Entre 181 a 360 dias | 20% |
Entre 361 a 720 dias | 17,5% |
Após 720 dias | 15% |
Taxa de Resgate ao Ano
Enfim, apresentaremos uma última tabela, que informará as taxas de resgate ao ano. Dessa forma, serve para aqueles que querem resgatar o valor antes do vencimento. Para isso, uma taxa deve ser paga, também em tabela regressiva.
Prazo do Resgate | Taxa do Resgate ao Ano |
0 a 10 anos | 0,50% |
De 10 a 20 anos | 0,20% |
Acima de 20 anos | 0,10% |
Data de vencimento | 0% |
Por isso, observe que mesmo que o Tesouro Renda+ trabalhe com a liquidez diária, são necessárias pagar essas pequenas taxas para os que retirarem o dinheiro antecipadamente.
Tesouro Renda+ x INSS
Finalmente, veja abaixo as principais diferenças entre o Tesouro Renda+ e INSS. Assim, já sabemos que o primeiro é uma renda extra para complementar a aposentadoria. Já o INSS também não é obrigatório, mas é responsável pelo pagamento da aposentadoria e de outros benefícios aos trabalhadores.
Tesouro Renda+
- Renda que será paga por 20 anos
- O valor só é pago a partir do vencimento
- O cliente precisa investir um valor maior para obter benefício de um salário mínimo.
INSS
- Aposentadoria para sempre após os anos de contribuição necessários
- Pago na aposentadoria, afastamento e outras situações
- O trabalhador garante um salário mínimo com contribuição menor.
Diferença do Tesouro Direto e do Tesouro Renda+
Para finalizar, entenda melhor a diferença desses dois tipos de tesouro. Isso porque esse novo título tem algumas diferenças comparado aos comuns de Tesouro Direto. Então, a primeira diferença é que no Tesouro Renda+, o investidor não recebe o valor total no vencimento, e sim nos 20 anos de pagamentos durante os meses.
Além disso, como vimos antes, o Tesouro Renda+ tem isenção na taxa de custódia para aqueles que continuarem com o investimento até a data de vencimento. Aí que entra as taxas de resgate ao ano, para quem quiser tirar antes da hora, ou então a para aqueles que receberão mais que 6 salários mínimos.
Enfim, complementar a aposentadoria traz diversos benefícios ao investidor, como o bem estar familiar, segurança financeira, como também o fortalecimento da educação financeira e diversificação de planejamento com outros investimentos.
Adesão do Tesouro Renda+
Já na primeira semana do Tesouro Renda+, entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro, foram levantados dados de que houveram R$60 milhões em compras nesse título que complementa a aposentadoria.
Sendo assim, esse valor diz respeito a 7.675 CPFs de investidores nesse período, o que dá uma média de R$ 7.821 por pessoa.
Além disso, no primeiro dia de funcionamento, o Tesouro Renda+ vendeu R$13 milhões em títulos, e o dia em que mais tiveram compradores foi 1º de fevereiro, sendo R$14,5 milhões em um só dia. Logo, ao comparar esses valore com os dos outros títulos que temos, o Tesouro Renda+ representa 12,6% das vendas líquidas de Tesouro Direto nesse tempo.
Outra informação interessante a se relatar é que metade das pessoas que compraram esse papel tem entre 25 a 39 anos de idade. Enquanto isso, a outra metade tem entre 40 a 58 anos de idade. Dessa forma, é bom ver que os mais jovens já estão pensando em uma renda complementar para seu futuro, para a próxima fase da vida.
Não é só isso…
Porém, ao mesmo tempo, entre todas as opções de vencimento dadas que mostramos antes, a menor opção foi a mais escolhida pelas pessoas. Somente esse foi responsável por R$ 24 milhões em compras de papéis. Enquanto isso, uma das últimas datas de vencimento, a de 2060, surge como a menos comprada, resultando em R$ 946 mil em compras.
Tal fato se mostra curioso, uma vez que o título serve para complementar a aposentadoria, e, ao mesmo tempo que uma faixa etária mais nova se mostra como metade dos compradores, o vencimento mais recente também é. Logo, podem existir pessoas que estejam comprando esse título não necessariamente para uma renda a mais na aposentadoria, e sim somente para receberem uma renda por 20 anos – o que tira a intenção real do título.
Distribuição de compras do Tesouro Renda+ na primeira semana
TÍTULO POR VENCIMENTO | TOTAL DE COMPRAS |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2030 | R$ 24.085.539,94 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2035 | R$ 10.020.961,72 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2040 | R$ 6.205.726,18 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2045 | R$ 8.276.715,36 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2050 | R$ 3.590.497,56 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2055 | R$ 1.365.046,61 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2060 | R$ 946.137,34 |
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2065 | R$ 5.542.085,44 |
Por que investir no Tesouro Renda+?
Por fim, vendo todos esses dados sobre o Tesouro Renda+, concluiremos elencando motivos para investir nesse tipo de Tesouro com base nas informações dadas pelo especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego.
Motivos para investir no Tesouro Renda+
Primeiramente tem escolha prevista de data e salário complementar por 20 anos: “É possível que o investidor escolha quando quer começar a receber os salários mensais com as datas já definidas a partir dos anos 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060, 2065. Além disso, esse salário complementar à aposentadoria estará disponível pelos próximos 20 anos” explica ele.
Salário mensal e corrigido pela inflação: “O salário que receberá durante 20 anos será mensalmente corrigido pela inflação, o poder de compra estará garantido ao longo do período, assegurando o planejamento futuro”, aponta o professor de investimentos e finanças pessoais.
Além disso, o investimento inicial baixo, de apenas R$30,00: “Com o Renda+ é possível começar a investir com bem pouco, a partir de R$ 30,00, ou seja,, sem desculpas para não começar a investir” aponta o carioca à frente da escola Produtividade Financeira.
Não há cobrança de taxa de custódia da B3 para quem carregar o título até o vencimento: “Para os investidores que levarem os títulos do Renda+ até o vencimento, serão isentos da Taxa de Custódia nos pagamentos mensais de até seis salários mínimos”.
Liquidez diária, após 60 dias: “Os novos títulos possuem uma carência de 60 dias, após esse período, caso seja necessário, poderá vende-los com o preço do mercado”, esclarece o especialista em investimentos e finanças pessoais.
Para Renan Diego, este título é uma opção melhor do que a poupança. “Ele é ideal para quem é indisciplinado pra juntar dinheiro ou investir e quer manter uma constância na sua velhice. Por ter uma liquidez diária, que garante a retirada quando o investidor achar necessário, também é uma ótima porta de entrada para quem vai começar a se aventurar no universo dos investimentos e ainda se considera conservador”, finaliza.
Veja outros tipos de títulos de Renda Fixa para investir
Veja Também: Melhores Investimentos para Iniciantes 2023
Pronto para começar a investir? Ótimo! Vamos mostrar quais são os melhores investimentos para quem está começando neste ano de 2023. Temos duas categorias principais: Renda Fixa e Renda Variável. Ambas têm seus benefícios e coisas para aprender. Então, vamos entender melhor cada uma.
A Renda Fixa, como o nome sugere, é um tipo de investimento onde se sabe quanto e quando receberá. Imagine que é como um combinado: você dá dinheiro para o banco, e ele te devolve depois com um pouco a mais. Exemplos desses são Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA. São opções mais seguras e, portanto, boas para quem está começando.
Já a Renda Variável é um pouco mais imprevisível. Então, é como um jogo: às vezes, você pode ganhar bastante, mas outras vezes pode perder. Exemplos são ações de empresas e fundos de investimento em ações. Mas não se preocupe, não é um jogo de sorte, e sim de conhecimento.
Agora, você já sabe um pouco mais sobre como começar a investir. Mas, lembre-se: entender bem sobre o assunto é o primeiro passo para ter sucesso! Deseja mais informações? Acesse o nosso Guia Completo Aqui!
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Se você não sabe por onde começar, pode seguir as 5 dicas que selecionamos para você dar seus primeiros passos na bolsa de valores:
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