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Parte dos recursos líquidos provenientes da oferta serão utilizados para financiar a recompra dos títulos.
Nesta terça-feira (25), a Vale comunicou ao mercado o lançamento de ofertas de aquisição de título de renda fixa negociado no exterior (bonds). O primeiro deles trata da oferta de aquisição de títulos com vencimentos em 2023, 2039 e 2034 até valor máximo total de principal de US$ 500 milhões, excluindo qualquer prêmio e quaisquer juros acumulados e não pagos.
As ofertas seguem os termos e condições do memorando de oferta de aquisição, datado hoje, 25 de junho de 2024.
De acordo com informações, as aquisições dos bonds serão realizadas até o valor máximo estipulado, a menos que a Vale Overseas decida aumentar esse valor máximo a qualquer momento até a data de encerramento.
Os recursos também serão direcionados para o financiamento do resgate das 6.250% Guaranteed Notes com vencimento em 2026, emitidas pela Vale Overseas, além de finalidades corporativas gerais.
A realização das ofertas está condicionada à emissão de novos bonds pela Vale Overseas, com garantia da Vale, sob condições que sejam aceitáveis para a Vale.
Vale investe US$ 3,3 bilhões em produção de cobre e níquel
A Vale está preparando um investimento massivo de até US$ 3,3 bilhões para aprimorar suas operações de mineração no Brasil e no Canadá nos próximos quatro anos. O objetivo é aumentar significativamente a capacidade de produção de cobre e níquel até 2028. A empresa estima elevar a produção de cobre para cerca de 500 mil toneladas, uma expansão ambiciosa considerando que no ano passado foram produzidas 321.000 toneladas.
O plano inclui melhorias substanciais nas minas de Salobo e Sossego no Brasil, além de investimentos em tecnologia e eficiência operacional nas operações de níquel e cobre. Mark Cutifani, presidente do conselho da unidade de Metais Básicos da Vale, detalhou que os fundos serão aplicados em iniciativas para aumentar a produtividade e reduzir custos.
O movimento ocorre em um contexto de preços recordes para o cobre, impulsionados por expectativas de escassez futura e um aumento na demanda global. Apesar de uma leve queda recente nos preços, analistas concordam que o mercado continuará enfrentando déficits nos próximos anos, motivando as grandes mineradoras a expandir suas capacidades para capturar ganhos potenciais.
Além dos investimentos em infraestrutura, a Vale reestruturou suas operações de metais básicos, separando-as em uma unidade independente e vendendo uma participação para a Arábia Saudita. A empresa busca também melhorar a eficiência operacional em suas instalações em Sudbury, Canadá, visando um aumento de 5% na produção de cobre e 10% na de níquel até 2026, após um investimento inicial de US$ 800 milhões.
Em reportagem publicada pela Bloomberg Línea, analistas do Citigroup observaram que, embora o plano de investimento seja robusto, parte das estratégias já havia sido delineada anteriormente. Eles enfatizaram que a execução eficaz desses projetos será crucial para garantir a confiança dos investidores e gerar retornos substanciais a curto prazo.
Movimentos Recentes: Remoção da “Lista Suja”
Em decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), a Vale S.A. foi temporariamente removida do Cadastro de Empregadores do Ministério do Trabalho e Emprego, conhecido como “lista suja”. A exclusão permanecerá em vigor até que uma decisão judicial definitiva seja proferida.
Gustavo Duarte Pimenta, Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, reforçou a posição da empresa: “Adotamos medidas rigorosas para garantir que nossas práticas estejam em total conformidade com a legislação trabalhista e com os mais elevados padrões de respeito aos direitos humanos.”
Essa decisão liminar oferece à Vale um alívio temporário, mas a companhia ainda aguarda o julgamento definitivo do caso.
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