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As vendas no varejo ampliado subiram 0,4% m/m em dezembro e ficaram abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,8% m/m) e da nossa estimativa (1,4% m/m). No conceito restrito, as vendas no varejo caíram 2,6% m/m, abaixo da expectativa mediana do mercado (-0,8% m/m) e da nossa estimativa (-0,5% m/m).
Além disso, as vendas no varejo restrito de novembro foram revisadas, passando de 1,5% a/a para 1,4% a/a.
A maioria dos setores de varejo teve desempenho negativo em dezembro. “Tecidos e vestuário” lideraram as baixas e encolheram 6,1% na margem. “Combustíveis e lubrificates” também continuaram em queda, caindo 1,6% a/a. “Móveis e eletrodomésticos” também caíram (-1,6% m/m), quase revertendo a alta do mês anterior (1,9% m/m).
No segmento ampliado, “veículos e peças” e “material de construção” seguiram em alta em dezembro, e subiram 2,4% m/m e 1,3% m/m respectivamente. Contudo, na comparação anual “veículos e peças” segue com queda de 1,8% a/a e “material de construção” com queda de 7,1% a/a.
Botton line: o fraco desempenho das vendas do varejo em dezembro já reflete o desaquecimento da economia, efeito defasado do longo processo de aperto monetário recente. Além disto, repercute a exaustão do efeito dos benefícios sociais – como a expansão do Auxílio Brasil – como sugere a queda generalizada do varejo no mês.
Com base nas informações disponíveis até o momento, nossa estimativa para o varejo restrito é de queda de 1,0% na margem e avanço de 5,7% a/a.
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