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Bolsas de Nova York caem com dados do PPI mais fortes que o esperado em janeiro, alimentando temores de inflação nos EUA.
As bolsas de Nova York registram queda nesta sexta-feira, impulsionadas por dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de janeiro, que superaram as expectativas, levantando preocupações sobre a inflação nos EUA. Além disso, comentários cautelosos de dirigentes do Federal Reserve em relação ao ritmo de corte de juros contribuíram para o desempenho negativo dos índices. O Dow Jones caiu 0,37%, o S&P500 0,48% e o Nasdaq 0,82%. As big techs, como Meta, também tiveram desempenho negativo. Na semana, os índices acumularam quedas. Os retornos dos Treasuries avançaram.
Preocupações com inflação nos EUA e ritmo de corte de juros pelo Fed levam Wall Street a encerrar semana em queda
Os índices das bolsas de valores de Nova York encerraram em baixa nesta sexta-feira, com investidores reagindo aos dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de janeiro, que se revelaram mais robustos do que o previsto. Esses números alimentaram preocupações sobre a inflação nos Estados Unidos, o que gerou uma postura cautelosa entre os operadores do mercado.
Além disso, as falas mais moderadas de dirigentes do Federal Reserve em relação ao ritmo de cortes de juros durante o ano também influenciaram o desempenho dos índices. Há uma preocupação em evitar uma possível reaceleração da inflação, o que poderia exigir medidas mais drásticas para contê-la.
O índice Dow Jones Industrial Average caiu 0,37%, encerrando o dia aos 38.627,99 pontos. O S&P500 cedeu 0,48%, fechando em 5.005,57 pontos, enquanto o Nasdaq perdeu 0,82%, terminando em 15.775,65 pontos. Empresas do setor de tecnologia, como Meta, apresentaram desempenho negativo, com uma queda de 2,21%.
Ao longo da semana, os índices acumularam quedas, com o Dow Jones, S&P500 e Nasdaq registrando respectivamente 0,11%, 0,42% e 1,34% de desvalorização. Paralelamente, os retornos dos Treasuries apresentaram avanços, com o juro do T-bond de 30 anos subindo para 4,4385%, o da T-note de 2 anos avançando para 4,6608%, o da T-note de 5 anos subindo para 4,28630%, e o da T-note de 10 anos avançando para 4,2821%.
Semana marcada por volatilidade cambial devido a indicadores americanos e comentários do Fed, enquanto Brasil busca atratividade para investidores
A semana do mercado cambial foi caracterizada por uma série de reviravoltas, refletindo as oscilações no cenário internacional e nacional. O dólar à vista encerrou a semana com movimentos laterais, tendo enfrentado um início volátil, impulsionado pelos números surpreendentes do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos.
A reação inicial do mercado foi de alta, diante do aumento de 0,3% no PPI em janeiro, superando as expectativas. Esse cenário gerou preocupações com a possibilidade de pressões inflacionárias nos EUA, levando a especulações sobre uma resposta do Federal Reserve. No entanto, as declarações de membros do Fed durante a tarde amenizaram essas preocupações, ao reiterarem que esperam oscilações na inflação e discutirem a possibilidade de cortes de juros para conter possíveis excessos.
Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, e Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco, sinalizaram a possibilidade de até três cortes de juros ao longo do ano, iniciando possivelmente durante o verão no hemisfério norte. Contudo, ressaltaram que tais decisões dependerão da evolução dos dados econômicos nos próximos meses.
Enquanto isso, no cenário doméstico, as atenções se voltaram para as declarações de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, que destacou a aproximação do diferencial de juros entre Brasil e EUA a níveis historicamente baixos. Apesar disso, Galípolo afirmou que o Brasil continua sendo atrativo para investimentos.
Analisando o panorama atual, observa-se um fluxo significativo de capital estrangeiro deixando o país, principalmente devido à redução do diferencial de juros. No entanto, o mercado brasileiro tem sido sustentado pelo fluxo comercial positivo, que tem superado as expectativas neste início de ano.
Ao fechar a semana, o dólar à vista apresentou uma leve queda de 0,03%, cotado a R$ 4,9671, após flutuar entre R$ 4,9598 e R$ 4,9892. Na semana como um todo, a moeda registrou um aumento mínimo de 0,12%. Enquanto isso, no mercado futuro, o dólar para março mostrava uma queda de 0,15%, cotado a R$ 4,9730 às 17h04. No cenário internacional, o índice DXY recuava ligeiramente, enquanto o euro e a libra apresentavam movimentos moderados em relação ao dólar americano.
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