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A maior corretora de investimentos do Brasil registrou lucro de R$ 1,04 bilhões no 4° trimestre de 2023, conforme os resultados apresentados ontem (27). No ano passado, ao todo, a XP registrou um ganho líquido de R$ 3,9 bilhões, apresentando um incremento de 9% em comparação com o ano de 2022. Esse período também se destacou por uma melhoria na eficiência. No intervalo de outubro a dezembro do ano anterior, a XP alcançou um lucro líquido de R$ 1,04 bilhão. Esse montante representa um aumento de 33% em relação ao mesmo período de 2022 e uma diminuição de 4% em comparação com o terceiro trimestre de 2023. O ganho no quarto trimestre aumentou 37% em relação ao mesmo período do ano anterior e cresceu 10% nos últimos 12 meses. Além disso, a eficiência operacional alcançou um novo patamar recorde.
Crescimento puxado pelas novas áreas de atuação no varejo
O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento de 24% na receita proveniente do setor varejista, alcançando a marca de R$ 3,152 bilhões. Em 2023, houve um crescimento de 43% na receita das novas áreas de atuação da XP, como cartões, crédito, seguros e previdência. Ao longo de 2023, a contribuição das novas áreas de atuação representou 17% da receita bruta total da XP, destacando a importância da diversificação do portfólio para a sustentabilidade dos relacionamentos com os clientes. Em paralelo, a receita líquida registrou um avanço de 27% na mesma base de comparação, atingindo o montante de R$ 4,046 bilhões. Ao encerrar o ano, a XP registrou um total de R$ 1,122 trilhão em ativos sob custódia, dos quais R$ 1,011 trilhão pertencem ao segmento varejista, e R$ 111 bilhões são provenientes de aplicações de empresas. Quanto à margem EBT, ela encerrou em 26,8%, situando-se no extremo inferior da faixa de orientação que varia de 26% a 32%.
O Diretor Financeiro, Bruno Constantino, destacou o compromisso da empresa em controlar os custos enquanto aguarda a retomada do mercado. “Estamos vendo early signs de uma recuperação: o mercado de dívida está bem quente e tem alguma volta de fluxo para os fundos, a maior parte em crédito e renda fixa. Mas seria prematuro dizer que as coisas voltaram ao normal. O investidor pessoa física demora a voltar porque o juro ainda está alto e os ativos de risco ainda não estão performando como o mercado desejaria,” Constantino disse ao Brazil Journal.
Performance no Setor de Atacado
A receita proveniente das grandes empresas e dos mercados de capitais atingiu R$ 508 milhões, representando uma diminuição de 2% em relação ao terceiro trimestre, porém, apresentando um expressivo aumento de 85% na comparação anual. Esse crescimento foi impulsionado pela retomada da atividade do mercado e pela contribuição significativa de fusões e aquisições (M&A).
Ao longo do ano de 2023, a receita desse segmento registrou um avanço notável de 22%, atingindo o montante de R$ 1,6 bilhão. A XP encerrou o ano com uma base de clientes ativos superior a 4,5 milhões, marcando um aumento de 17% em relação a 2022. Essa base acumula um total de ativos no valor de 1,22 trilhão, representando um crescimento de 19% no mesmo período.
A margem bruta da empresa atingiu 68,1% no quarto trimestre, embora tenha superado os 65,1% registrados no mesmo período do ano anterior, houve uma redução em comparação aos 70,1% do terceiro trimestre de 2023. A XP atribuiu essa diminuição ao mix entre produtos e canais no trimestre. No acumulado de 2023, a margem bruta apresentou uma queda de 2,32 pontos percentuais, totalizando 68%, sendo essa redução também associada ao aumento nas provisões para perdas de crédito devido ao crescimento no negócio de cartões.
XP Inc anunciou programa de recompra de 2,5 milhões de ações
A XP Inc anunciou nesta terça-feira (27) que seu conselho de administração aprovou um novo programa de recompra de ações.
Na terça-feira (27), A XP Inc anunciou ao mercado, a aprovação do novo programa de recompra de ações. Poderão ser recompradas até 2,5 milhões de ações ordinárias no período entre 28 de Fevereiro a 27 de Dezembro de 2024.
Segundo a XP, o maior objetivo do programa é eliminar a futura diluição acionária devido ao Vesting de Unidades de Ações Restritas (RSUs), que é uma forma de remuneração em ações para recompensar os funcionários da empresa do plano de incentivo de longo prazo da companhia.
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