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Os riscos do PIX: Golpes, Hackers e Fraudes

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Em se tratando de sistemas de tecnologia, a segurança sempre será um tópico relevante, sobretudo se envolver o seu dinheiro. E com o PIX não é diferente. Acompanhe os golpes e fraudes de hackers, bem como formas de prevenção envolvendo o sistema de transferências do BC.

Enquanto o PIX se mostrou uma ferramenta útil para a população, visto que permite transferências a qualquer dia e hora, sem cobrança de taxas, ele também não ficou isento de atividades criminosas e de engenharia social de hackers envolvendo golpes e fraudes.

Inclusive, antes mesmo de seu uso ser liberado em larga escala, já haviam acompanhamentos de casos de atividades fraudulentas, como a criação de falsos sites para cadastro.

Sendo assim, para saber os golpes que podem ocorrer, é preciso entender as oportunidades que essas pessoas enxergaram no novo sistema.

Como era e como é hoje?

Primeiramente, o processo tradicional de uma transferência exigia a informação da agência, número da conta e CPF, bem como a realização em horário comercial do banco. Simples.

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Por outro lado, com o PIX, a pessoa deve informar sua chave de identificação, que pode ser o telefone, e-mail, CPF, CNPJ ou outro e já é possível fazer a transferência, sendo mais simples ainda.

Riscos do Pix

Em relação aos riscos, a variedade de cenários é diversa. Nesse sentido, podem ocorrer os crimes de falsa identidade, roubo de dados e, em consequência, roubo de dinheiro.

Falsa Identidade

A princípio, a necessidade de informar dados específicos permitia a possibilidade de reconhecer, por exemplo, se a pessoa estivesse se passando por um falso representante de empresa.

No entanto, com o modelo de chaves, o golpista tem mais recursos para enganar suas possíveis vítimas. Por exemplo, ao se passar por uma companhia, a pessoa pode criar um e-mail falso de nome parecido a uma empresa real para passar credibilidade.

Igualmente, o golpista pode ser mais elaborado e criar uma companhia falsa de nome parecido a uma real e enviar apenas o CNPJ, criando a imagem de confiável.

Dessa maneira, a vítima pode fazer uma transferência acreditando em uma história que na verdade se trata de um golpe criminoso pelo uso da engenharia social.

Roubo de Dados

Como forma de transparência, o PIX, além de facilitar a transferência via chaves, também apresenta dados de confirmação da outra pessoa.

Sendo assim, embora ajude na identificação das partes envolvidas, também oferece informações cruzadas de uma pessoa.

Nesse sentido, o hacker pode colher informações de CPF vinculado ao celular, nome completo, e-mail e fazer uso em seus próximos golpes.

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Um exemplo do tipo seria utilizar os dados colhidos de uma vítima para cadastro de um novo chip de celular que serviria como chave PIX. Dessa maneira, o golpista usaria uma identidade roubada que tornaria mais difícil o seu rastreio ao praticar seus crimes.

Dificuldade de Estorno

Enquanto o sistema PIX é capaz de transferir valores em até 10 segundos, caso não seja dentro do horário comercial, a pessoa não terá suporte de estorno do banco.

Embora as transferências estejam disponíveis por 24 horas, todos os dias, os bancos ainda não promoveram suporte simultâneo a isso.

Logo, em caso de uma transferência indevida fora do horário comercial, a pessoa pode aguardar por horas ou dias pelo atendimento.

Por outro lado, o criminoso rapidamente pode transferir o valor recém recebido para uma conta digital, sem rastreio e sem chance de recuperação.

Como se prevenir no PIX?

De acordo com especialistas ouvidos pelo Portal do Bitcoin, a novidade pode sim trazer golpes criativos e elaborados, porém esse crime sempre existiu.

Por exemplo, o caso de e-mails falsos lembrando uma empresa famosa, phising e afins já eram comuns antes do PIX, como explica o especialista em segurança da informação Galeno Garbe.

Nesse sentido, outro dos especialistas, que não quis se identificar, considera a plataforma em si segura, mas com chances de uso de técnicas de engenharia social.

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Além disso, Garbe indica que não é preciso ter medo de usar o sistema e vai além: cadastrar suas chaves o mais cedo possível.

A ideia por trás dessa afirmação é que uma vez que as chaves tem vínculo com uma conta, elas não podem ter com outra. Portanto, assim se evita o risco de que um terceiro se utilize de alguma chave que pertence a você.

Da mesma maneira, o risco de criação de novo chip com dados roubados pode ser evitado. Em caso do perfil possuir cadastro do número, não vai ser possível que outro chip tenha vínculo com a conta. Além disso, a instituição financeira promove o cruzamento de seu cadastro com novos pedidos.

Por fim, a dica mais importante é sempre se informar sobre a idoneidade de quem se faz transações financeiras, seja uma pessoa ou empresa. Apesar dos meios serem outros, os crimes permanecem os mesmos. Assim, a atenção a abordagens e comportamentos suspeitos são os melhores remédios para a prevenção e própria segurança.


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