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Devido a todos os problemas e acusações que a Braiscompany tem passado nos últimos tempos, resolvemos montar um compilado de tudo o que sabemos sobre a empresa até o momento.
Vale ressaltar que este texto tem a intenção de expor informações de forma transparente, sem intenção de difamar, caluniar ou criar falsas acusações.
Todos os dados foram coletados de fontes da internet e apresentados apenas com o objetivo de informar e esclarecer os fatos.
Agora vamos entender o que está acontecendo com a Braiscompany.
Índice de conteúdo
O início da história
A Braiscompany é uma empresa fundada em 2018 em Campina Grande, Paraíba, por Antonio Neto Ais e Fabricia Ais. Ela se apresenta como uma empresa que busca gerar lucros através da locação de criptoativos.
De acordo com a informações coletadas em diferentes fontes, a empresa possui mais de 15 mil clientes e registrou uma receita líquida de R$ 113 milhões em 2021, segundo o balanço mais recente.
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Isso sugere que a Braiscompany tem um número significativo de clientes e tem tido um bom desempenho financeiro. No entanto, é importante lembrar que esta informação é baseada apenas no balanço mais recente, e é sempre recomendável fazer mais pesquisas antes de tomar qualquer decisão de investimento.
Até aqui tudo bem, o problema é que a empresa passou recentemente a não mais honrar com os saques de seus clientes.
Investigações e saques lentos ou inexistentes
Tudo começou há cerca de três meses, quando um processo foi arquivado no Ministério Público da Paraíba (MPPB) para investigar se a corretora praticava esquemas de pirâmide financeira. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também investigou o caso.
Nós do Guia do Investidor já fizemos uma análise bastante completa sobre a corretora e alguns fatos relevantes que podem levar as pessoas a crer que a plataforma pode, sim, ser uma pirâmide financeira, vale a pena a leitura.
Depois disso, os clientes começaram a utilizar o portal do Reclame Aqui para fazer denúncias.
Entre os principais problemas relatados está a falta de pagamento dos juros por quem mantinha criptomoedas emprestadas na modalidade de “staking” na corretora.
A Braiscompany afirma que até mesmo a Binance estaria envolvida nesses problemas, a exchange, que é uma das maiores do mundo, respondeu as acusações e iremos falar disso mais adiante.
Para você que não sabe, o staking é uma das formas que as plataformas de criptomoedas usam para acumularem recursos para crescerem e, com isso, fornecerem taxas como se fossem juros para os investidores. É um recurso comum e até mesmo a Binance possui.
O problema do staking é que os usuários devem confiar que a exchange irá gerir de maneira correta seus ativos e que não irá aplicar um calote no momento de devolver o dinheiro.
Hoje, podemos perceber que há pelo menos 15 dias os clientes da Braiscompany estão reclamando de atraso nos pagamentos, e alguns afirmam que, apesar da promessa da exchange de que o saque de dinheiro seria processado em 24 horas, estão tendo que esperar mais de 6 dias, o que é preocupante.
Em resumo, a Braiscompany tem enfrentado problemas de atrasos nos pagamentos e denúncias de esquemas de pirâmide financeira, além de problemas envolvendo a modalidade de “staking”, que teria até mesmo a Binance envolvida.
A Binance é o problema?
De acordo com o portal Livecoins, o fundador da Braiscompany, Antonio Neto Ais, enviou um documento para seus clientes que supostamente mostra provas de conversas com a Binance para liberar seus saldos.
Antonio Neto alega que a Binance estaria travando os saques e impedindo os pagamentos dos clientes. No entanto, os prints de tela apresentados são inconclusivos.
A Binance se pronunciou por meio de uma nota enviada à imprensa e noticiada pelo site seudinheiro, afirmando que “não realiza quaisquer ações em contas que não sejam devidamente embasadas nos termos e condições, contratos e políticas vigentes e aceitos por todos os usuários”.
A exchange também esclareceu que “atua em total colaboração com as autoridades para coibir que pessoas mal intencionadas utilizem a plataforma.”
O problema são as fake news?
Vale ressaltar que o CEO da Braiscompany, atacou os veículos de mídia que vêm investigando o caso nos atrasos dos pagamentos.
Em uma live realizada na última sexta-feira (13), Antonio Neto afirmou que a empresa está sofrendo o maior ataque à sua imagem e que os veículos de mídia estariam divulgando “factoides” e “fake news” sobre a empresa.
Ele ainda mencionou que esses ataques estariam vindo de “portais insignificantes”.
O CEO seguiu atacando os críticos da empresa e chamando aqueles que questionam sobre os pagamentos atrasados de “gente do mal”.
Ele afirma que essas pessoas estariam “instigando a destruição de um negócio” e que só podem ser “pessoas do mal” e “miseráveis”.
Quer garantias? A única garantia “sou eu”
Para aqueles que desejam uma garantia que terão o dinheiro de volta, a resposta de Antonio Neto é que a única garantia é ele mesmo.
A única garantia que os clientes possuem e que, se ele sumir, a Braiscompany acaba, assim sendo, a única garantia é ele mesmo.
Tais afirmações foram feitas por Antonio em uma live via o perfil dele no Instagram, que você pode acessar aqui.
“As pessoas olhavam pra mim e me perguntavam ‘qual é minha garantia de ser cliente Brais?’, e eu dizia, ‘a garantia sou eu’.
Afirmou ele.
Mas calma, ele garante que isso não vai acontecer, principalmente porque os primeiros clientes da Braiscompany fariam parte de sua própria família.
“Eu, Antonio Neto, o “Toinho” para alguns paraibanos, não vou parar diante das críticas. 2020 sofremos a maior perseguição na história da nossa empresa, essa agora que estamos passando não chega nem perto”, avalia.
Ainda na nota que a empresa divulgou a seus cliente, a empresa afirma que “está fazendo uso de todos mecanismos legais e de reserva para honrar os compromissos contratualmente agendados”.
“Finalizamos tranquilizando nossos clientes que todos serão impreterivelmente pagos, honrando assim, com nosso compromisso pelo qual vimos fielmente cumprindo em todos os anos de atividades da Braiscompany”,
Conclui o texto.
Ele era“Top Lider” de pirâmide financeira na Paraíba
Para finalizar nosso levantamento, vale a pena mencionar que o fundador da Braiscompany já foi um “Top Lider” de uma pirâmide financeira.
Como foi noticiado pelo Livecoins, Antônio Neto foi um dos “TOP líderes” da Dreams Place International, plataforma que prometia rendimentos de 1% ao dia para seus clientes, captando milhares de vítimas.
A atuação da Dreams não se restringia apenas ao mercado de criptomoedas, mas também dizia operar com Forex.
Lembra que a Braiscompany foi fundada por Antônio em maio de 2018? Então, isso foi poucos meses depois de a Dreams Place International encerrar suas operações.
Além disso, a “Dreams” faz parte de uma lista de pirâmides financeiras confirmadas do grupo UOL.
Lembrando, não estamos aqui acusando ninguém, apenas relatando fatos!
Veja o vídeo onde o próprio Antonio aparece apresentando a Dreams Place International:
Como se não fosse suficiente, ele também já foi envolvido com mais duas pirâmides financeiras, a D9 Club e i9Life. Com a Dreams Place International ele já tem direito de pedir música no fantástico, certo?
Antonio Neto Ais e Fabricia Ais, estiveram envolvidos com a D9 Club, pirâmide financeira liderada por Danilo Vunjão Santana Gouveia, mais conhecido como Danilo Dubaiano.
Atualmente, Danilo é procurado por aplicar um golpe de R$ 200 milhões e lesar milhares de investidores.
Devido ao envolvimento com a D9 Club, Antonio e Fabricia foram citados em cerca de 20 ações no Tribunal de Justiça da Paraíba em 2020, abertas por pessoas que perderam dinheiro quando a D9 Club era promovida por eles.
Mas antes mesmo de entrar na Dream Place, Antonio Neto Ais ja era um divulgador de um outro esquema de pirâmide, a i9Life, uma suposta empresa de cosméticos baseada em marketing multinível.
A empresa acumula dezenas de queixas no Reclame Aqui, que vão desde produtos com defeitos até calote aplicado em clientes que pagaram mas não receberam o produto da empresa.
Um vídeo publicado no YouTube em maio de 2016 comprova que Antônio Neto Ais fazia parte da i9Life. Na publicação, ele é apresentado como um vendedor “duplo diamante” da empresa.
No fim, assim como todo bom esquema fraudulento, a empresa fechou as portas em 2018 e deixou os clientes e afiliados no prejuízo.
Até então, essas são as informações coletadas nos diversos relatos encontrados na internet sobre a Braiscompany e seu fundador, Antonio Neto.
Conforme novas informações relevantes sujam, essa atualização será atualizada, assim recomendo que você marque essa página como favorito e sempre consulte nosso site para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo sobre a Braiscompany e outras notícias do mercado de criptomoedas.
Investidor pede bloqueio de jato e devolução de R$ 2 milhões para empresa Braiscompany
Um investidor que colocou R$ 2.075.000,00 na empresa Braiscompany está pedindo a devolução do dinheiro e o bloqueio de um jato executivo particular utilizado pelo fundador da empresa, Antônio Neto Ais.
O investidor está processando tanto a empresa quanto o próprio Antônio e sua esposa, Fabricia Farias Campos, por atraso de pagamentos a clientes desde novembro de 2022.
De acordo com o pedido, o investidor está solicitando o bloqueio do jato para garantir os direitos dos clientes. O valor do bem pode chegar a R$ 10 milhões.
O investidor também cedeu bens móveis, como um jet ski e carros de luxo para a empresa, mas foi informado que esses bens corriam risco de serem vendidos, o que o levou a pedir urgência no bloqueio dos bens.
A 3.ª Vara Cível de Campina Grande está analisando o pedido protocolado no último dia 20 de janeiro. Vale lembrar que como a ação ainda segue em estágio inicial, não há manifestação da empresa.
Últimas Atualizações
Braiscompany: Bitcoins Recebidos Pela Empresa São Rastreáveis
Uma empresa de análise e rastreamento de criptomoedas, a Blockseer, liberou um comunicado no último sábado (4) informando ter rastreado 7.203 bitcoins recebidos pela Braiscompany em suas contas. O relatório, no entanto, estará disponível apenas para um de seus clientes que comprou o material com exclusividade.
Até hoje, a Braiscompany vem sustentando que o dinheiro segue preso na Binance, porém, as revelações da Blockseer conflitam com essas falas públicas.
O portal Livecoins obteve acesso ao principal endereço de bitcoin da empresa de Campina Grande, que recebeu valores de vários clientes, incluindo o saldo de 7.203 bitcoins, o que indica que mais de 850 milhões de reais passaram pelas mãos da empresa neste endereço.
De acordo com a Blockseer, as informações encontradas contradizem as versões da diretoria da Braiscompany aos clientes, sugerindo que a empresa pode estar mentindo em meio aos atrasos de saques. Além disso, a Blockseer declarou ter encontrado mais carteiras de criptomoedas da Braiscompany. O valor investido na empresa supera a casa do bilhão.
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