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Mesmo com a queda do dólar em março, o BTG Pactual manteve a previsão de que a taxa de câmbio encerre 2023 em R$ 5,30, citando a reprecificação do cenário dos juros nos EUA e a evolução do arcabouço fiscal e da reforma tributária como fatores que devem levar o real a um patamar um pouco mais depreciado.
Economistas do BTG Pactual citam reprecificação do cenário dos juros nos EUA e evolução do arcabouço fiscal como fatores que devem levar o real a um patamar mais depreciado
O dólar apresentou uma queda de 2,99% em março e se aproximou da marca de R$ 5,00. No entanto, o BTG Pactual não alterou sua previsão de que a taxa de câmbio encerre 2023 em R$ 5,30, um patamar um pouco mais depreciado do que o atual, que está abaixo de R$ 5,10.
Os economistas do banco citam a reprecificação do cenário dos juros nos Estados Unidos, sem cortes nas taxas neste ano, e a evolução do arcabouço fiscal e da reforma tributária como fatores que devem levar o real a um patamar mais depreciado.
Segundo o BTG Pactual, a queda do dólar no fim de março foi motivada pelo cenário externo mais favorável para moedas emergentes, com o esvaziamento do noticiário negativo sobre os sistemas bancários americano e europeu.
O índice DXY, que mede o dólar frente a seis moedas fortes, se enfraqueceu em março em meio a declarações de autoridades dos bancos centrais salientando que farão o que for preciso para manter a estabilidade e liquidez do sistema financeiro.
No cenário interno, a proposta do novo arcabouço fiscal divulgada no fim do mês deixou em aberto questões relevantes para a construção de cenários em torno das contas públicas. Ainda é difícil mensurar o qualitativo do projeto, mas o BTG Pactual entende que a estabilização da trajetória da dívida pública brasileira em relação ao PIB provavelmente ocorrerá com elevação da carga tributária.
O posicionamento do BTG Pactual, de que a taxa de câmbio encerrará 2023 em um patamar mais elevado do que o atual, indica que a volatilidade do câmbio deve continuar a ser uma preocupação para investidores e empresas que dependem do mercado externo.
A manutenção da previsão do banco se baseia em fatores tanto internos quanto externos, o que significa que a economia brasileira ainda é suscetível a mudanças nos cenários global e local. A elevação da carga tributária, mencionada pelo BTG Pactual, pode ser um fator de pressão adicional para a economia brasileira, que já enfrenta um ambiente de alta inflação e incerteza política.
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