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Ministério da Fazenda deve enviar LDO de 2025 ao Congresso sem alterações na política econômica, diz secretário-executivo Dario Durigan. Não confirmado se o governo pretende manter a meta de déficit zero para este ano.
“O projeto colocado que visa estabilizar a nossa dívida a longo prazo vai se manter, não espere nenhuma novidade maior”. Disse Durigan ao participar virtualmente do evento Rumos 2024, da Editora Globo, em São Paulo.
“Diria que do lado do resultado fiscal, não estamos deixando de dar mostras de buscar a recomposição fiscal a todo custo. Haverá sim perseguição da responsabilidade fiscal de forma incessante”, complementa ele.
Governo deve encaminhar texto da LDO ao Congresso até 15 de abril.
O secretário destacou que o ministério está atento a duas agendas para promover o crescimento sustentável do Brasil: uma focada na responsabilidade fiscal e outra no desenvolvimento com responsabilidade social. Ele defendeu que a harmonização dessas agendas trará benefícios para o país.
Ele expressou, também, confiança de que a equipe econômica tem progredido positivamente nessas agendas. E destaca resultados superiores aos esperados no ano passado, especialmente com o crescimento do PIB.
Durigan acredita que o esforço fiscal e a possível desaceleração da inflação, contudo, podem sustentar a redução das taxas de juros, respeitando a autonomia do BC.
A taxa Selic atual é de 10,75% ao ano, com previsão de queda para 9% até o final do ano e para 8,5% até 2025, conforme o relatório Focus.
Durigan ressalta a importância de concluir a lei complementar unificando as regulamentações estaduais de ICMS e ISS na Reforma Tributária.
“Essa lei vai padronizar toda a tributação do consumo brasileiro. É uma oportunidade única de corrigir um dos piores sistemas tributários do mundo”, disse Dario.
“O melhor instrumento para melhorar a vida da pessoas é garantir um compromisso fiscal bem colocado para que a gente entenda os bons benefícios que isso traz para a população”, complementa.
Durigan substituiu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, previamente agendado para o evento. A participação deste foi cancelada após convocação do presidente Lula para uma reunião no domingo à noite, posteriormente cancelada.
Haddad se encontrará com Lula ainda hoje, em meio a crescentes especulações sobre o futuro da liderança da Petrobras.
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