Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Agência Brasil Internacional Notícias

Execução de candidato no Equador é momento inédito, diz especialista

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

O assassinato do candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio, ocorrido nessa quarta-feira (9), representa um momento inédito na história do país, avalia Maria Villarreal, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). O candidato foi assassinado a tiros na saída de um evento de campanha eleitoral em Quito.

“O Equador, até 2017, era considerado o segundo país mais seguro da América Latina. Essa onda de violência que o país está experimentando é relativamente recente e muito grave. O assassinato do candidato ocorreu num contexto de crescente violência política. Só para se ter uma ideia, nesse último ano, quatro candidatos de governos locais foram assassinados e vários sofreram atentados. São candidatos de diversas tendências políticas” disse a professora.

Para a especialista, o crime organizado traz um desafio à democracia, à institucionalidade e ao Estado de Direito do país sul-americano. “O Fernando Villavicencio era um jornalista investigativo que tinha denunciado vários casos de corrupção em governos anteriores e nos últimos anos ele tinha se tornado um líder político ativo. Foi deputado e virou candidato à presidência. Embora não fosse um dos favoritos, ele era uma figura importante na denúncia desses grupos do crime organizado transnacional. Já tinha recebido diversas ameaças e sofreu um atentado no ano passado. Esse atentado busca gerar instabilidade e caos no país por parte do crime organizado”.

Leia mais  Medida Provisória perde validade e imposto sobre diesel será zerado

A professora lembra que o Equador era tradicionalmente um país de trânsito para drogas e se tornou um importante centro e processamento e distribuição da droga na América Latina.

“Nesse momento, o país só está atrás dos Estados Unidos e da Colômbia nas Américas”.

Maria Villarreal destacou que a manutenção do primeiro turno presidencial em 20 de agosto é uma importante sinalização para a sociedade equatoriana.

“O Equador precisa reagir, pois é um momento de extrema consternação e choque para a sociedade, ainda mais numa sociedade que não está acostumada historicamente com tais níveis de violência. É um momento de unidade e de necessidade de concertação nacional. A manutenção das eleições é uma mensagem positiva, uma mensagem em que se responde aos desafios que o crime organizado coloca. Vai ser muito importante que o novo governo conte com o apoio das demais forças políticas para conseguir implementar um processo de reconstrução nacional para fazer frente ao crime organizado, uma ameaça grave à democracia”, completou.

Fonte: Agência Brasil

Leia mais  Produtores querem mostrar sustentabilidade da agropecuária na COP-27

Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Mercado eleva para 2,09% projeção de expansão da economia

Agência Brasil

Prazo para Desenrola Brasil termina em uma semana

Agência Brasil

Azul fecha 1T24 com prejuízo de R$ 324,2 milhões

Márcia Alves

BTG Pactual registra lucro de 2,9 bilhões no 1T24

Márcia Alves

Pix com cartão de crédito Digio: Dá pra fazer?

Lara Donnola

Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começa hoje

Agência Brasil

Deixe seu comentário