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Dentre as categorias de conta oferecidas ao público, principalmente pelos bancos tradicionais, está a conta conjunta. Embora não seja uma novidade para os dias atuais, é um serviço bastante comum para quem precisa dividir a gestão do dinheiro com uma ou mais pessoas.
Ainda assim, em decorrência das opções limitadas que a conta conjunta oferece, ela nunca chegou a ser realmente popular, respondendo a menos de 1% do total de contas bancárias no Brasil.
Por outro lado, a fintech Cumbuca enxergou uma oportunidade nessa área e vem trazendo um novo conceito para a categoria. Confira!
O que há de novo?
Caso não saiba, existem dois tipos de conta conjunta: a conta conjunta solidária e a conta conjunta simples ou não solidária.
Enquanto a conta conjunta simples permite movimentações apenas com a autorização de cada um dos correntistas, a conta solidária não possui essa exigência.
Assim, quem quer ter uma conta conjunta só consegue obter extremos: uma opção muito burocrática, pois só permite transações se todos concordarem, ou muito “livre”, visto que qualquer um poderia movimentar sem que os demais saibam.
Considerando essas barreiras, a fintech Cumbuca trouxe uma nova proposta para contas conjuntas: é o conceito de “Multiplayer Banking”.
Como o Multiplayer Banking funciona?
Em resumo, ele funciona da seguinte maneira: cada um dos usuários tem um perfil individual na conta, mas todos podem habilitar permissões coletivas.
Dessa forma, cada usuário conseguirá movimentar inicialmente apenas o próprio valor que depositou em uma mesma conta. Mas é possível fazer com que o outro usuário também fique autorizado a fazer transações, bastando apenas configurar e personalizar as permissões.
“Para ilustrar: imagine que uma pessoa coloque R$ 1.000 numa conta da Cumbuca e outra pessoa coloque R$ 1.000 na mesma conta. Inicialmente, cada uma das pessoas só poderá movimentar os R$ 1.000 que colocou, mas, se quiser, uma poderá habilitar a outra a movimentar os seus R$ 1.000.”
Brazil Journal, sobre o modelo de conta da fintech Cumbuca.
Além de determinar quem está autorizado a fazer transações numa conta Cumbuca, a plataforma também permite configurar a finalidade pela qual o dinheiro está sendo usado.
“Os usuários podem personalizar tudo. Podem habilitar para que o uso do seu dinheiro fique limitado a gastos de alimentação, por exemplo, ou liberar apenas uma parte do dinheiro que colocou.”
Daniel Ruhman, fundador da Cumbuca, para o Brazil Journal.
Até então, a fintech estava operando em beta com um grupo de 100 famílias. Mas o lançamento oficial aconteceu nesta quinta-feira (20), ainda com o modelo de custódia. A plataforma da Cumbuca funcionará num modelo de assinaturas e pretende cobrar R$ 19,90 por mês por cada grupo de usuários.
Investimentos e perspectivas futuras
Para impulsionar esse projeto, a Cumbuca levantou uma rodada de seed money com um grupo de investidores-anjo e fundos. Alguns deles, por exemplo, foram a Verve Capital, um dos primeiros investidores do Rei do Pitaco; Renato Freitas, um dos fundadores da 99; Fernando Gadotti, fundador do DogHero; e Pedro Sirotsky, da Barrah/B1.
Atualmente, o modelo da fintech é viável por conta da implementação do Open Finance, que criou a figura do “iniciador de pagamentos”, possibilitando que os usuários permitam outras pessoas ou empresas a mexerem em sua conta.
Por enquanto, o Banco Central liberou a licença de iniciador de pagamentos apenas para três empresas, como o WhatsApp, por exemplo. Mas a Cumbuca já entrou com o pedido e espera receber a licença no segundo semestre.
No futuro, a plataforma Cumbuca se tornar o app da família, ajudando não apenas a dividir os gastos e organizar as finanças, mas tudo que envolva decisões da casa.
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